As alegações do Instituto Voto Legal (IVL) sobre falhas graves nas urnas eletrônicas e nas Eleições 2022 são “infundadas” e “carecem de rigor técnico”. É o que aponta análise apresentada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal do ABC (UFABC), entre outros parceiros.
Com base nos relatórios apresentados pelo Instituto, o Partido Liberal (PL) defendeu que as supostas falhas justificariam a anulação de parte dos votos computados. As críticas se concentram em um arquivo específico disponibilizado publicamente pelo TSE: os logs das urnas, uma espécie de “diário de bordo” gerado pelos equipamentos durante o funcionamento dos equipamentos.
Segundo os pesquisadores, o alegado “erro no software das urnas”, apontado pelo IVL, nada mais é do que a ausência de um código (chamado “ID_UE”) nos logs de alguns modelos de urna – onde deveria estar esse código, único por urna, aparece o valor fixo 67305985.
Eles apontam, ainda, que os relatórios do IVL não possuem qualquer fundamento técnico na suposta impossibilidade de correlacionar um log à urna que o emitiu. E, de acordo com os técnicos, qualquer pessoa pode relacionar um determinado log com a urna correspondente, independentemente do modelo do equipamento.
Também é possível, segundo os pesquisadores, verificar a integridade dos dados gerados pelas urnas usando as assinaturas digitais disponibilizadas no Portal do TSE.
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