terça-feira, 17 de novembro de 2015

A intolerância não está só com os radicais islâmicos

A intolerância não está só com os radicais do grupo denominado Estado Islâmico, que promoveu uma carnificina na última sexta-feira (13) em Paris (França), quando deixou ao menos 129 pessoas mortas. Claro, que guardada as devidas proporções, existe hoje no Brasil um grau de intolerância que também não se pode aceitar. E isso vem desde o resultado das eleições presidenciais, quando o Brasil ficou dividido, eu diria, meio a meio. Já tive oportunidade de falar sobre isso em outras ocasiões.


Fato é que grupos radicais de direita e de extrema direita, protagonizam vez ou outra, cenas de agressões pessoais com pessoas filiadas ao PT, como já se viu casos desse tipo contra o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ministro de Estado e ex-ministros dos governos petistas. Neste domingo foi a vez do deputado estadual Fernando Mineiro (PT-RN) ser agredido de graça num shopping em Brasília por um grupo de jovens, um deles já identificado, e que é do Rio Grande do Norte.



Como bem afirmou o parlamentar em nota no seu Facebook, “este tipo de atitude, típica do fascismo, revela o nível de histerismo e de intolerância política dessas pessoas”. O pior é que estas pessoas ficam estarrecidas com o que ocorreu em Paris, mas agem da mesma forma, ou seja, querem se impor pela intolerância.



Discordar faz parte da democracia, mas parece que essa gente não entende isso. Não gostar do PT é um direito do cidadão, agora agir de forma irracional só porque não gosta do governo ou dos petistas, isso vai além da conta.



Aliás, as mesmas pessoas que agridem petistas e também a presidenta Dilma, se comportam de forma incoerente. Por exemplo, o movimento que pede o afastamento da presidente Dilma Rousseff, mostra incoerência quando não pede a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RN) afogado em denúncias de corrupção.



Portanto, não justifica esse grau de intolerância que tomou conta do Brasil. A democracia, é preciso entender, é a convivência dos contrários. Pensar diferente do que pressupõe a democracia é ser intransigente, é querer impor sua vontade. O Brasil não é o Estado Islâmico.

- Transcrito da coluna do Barbosa

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