quarta-feira, 29 de junho de 2011

Novo encontro dos homens que só dizem sim


Os homens que sempre dizem sim deverão reunir-se novamente na próxima semana para darem posse ao suplente de vereador da cidade Assú, Francisco de Assis Souto, ou como é conhecido, Tê.

Tê que assumiu recentemente, de forma provisória, a vaga deixada por Carlinhos de Ewerton (licenciou-se para ser secretário municipal), agora deverá ser empossado em caráter definitivo, pelo menos nessa atual legislatura, uma vez que por razões adversas a vontade humana, Carlinhos dirigiu-se no último dia 11 para o grande mistério.

Nesse sentido, na próxima semana os nobres, laboriosos, preocupados, sensíveis... homens que só dizem sim deverão reunir-se em sessão solene para dizerem sim, claro, a efetivação do mandato de Tê.

  • A propósito: em conversa informal com Tê, este afirmou que seu partido o PTB deverá eleger, no mínimo, quatro vereadores no ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2012. Cá prá nós, a continuar nesse ritmo, vai faltar lugar na Câmara para acomodar tantos eleitos.  Peeennnse num monte de candidatos a propagar vitória pelas ruas da cidade de Cecília de João Branco!. 

  • Maass... se muitos ainda tem dúvidas se se candidatarão ou em quem votarão,  Chico Dias não está incluído nessa parcela da população e portanto já escolheu seu candidato a vereador: Bandeirantes, ou como é conhecido na cidade do Assú, Bambam.

Sob a liderança de Luizinho Cavalcanti, carnaubaenses continuam a lutar por seu desenvolvimento

Fim dos partidos de aluguéis?


O Senado Federal resolveu trabalhar e uma de suas comissões acaba de aprovar o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais de próximo ano.

Tal decisão do Senado vem a corroborar decisão do Supremo que já opinou nesse sentido há pelo menos três meses.

Então... a partir de agora, ou os pequenos partidos ‘rodam a baiana’ ou... desaparecerão.

Né por nada, né por nada, mas... será que esse é o começo do fim dos chamados partidos de aluguéis? 

Será seu minino?

Doação... ato sublime!


O fim do mês dedicado a Antonio, João, Pedro e Paulo chegou e com ele a necessidade de presentearmos nossos irmãos através de um ato simples e maravilhoso: Doação.

E é exatamente nesse momento que os estudantes da cidade do Assú que foram vitimas de um acidente na BR 304 no inicio dessa semana estão a necessitar dessa ação cristão e simples: Doação.

Portanto, os nobres seres humanos e cristãos aptos e sem razão impeditiva (saúde) a doarem sangue, dirijam-se o mais rápido que puderem a vizinha cidade de Mossoró e doem um pouquinho desse liquido poderoso que corre em suas veias para aqueles que hoje estão a necessitar.

Igor, Lizandra, Andrieris, suas famílias, amigos e desconhecidos ficarão muito gratos e aquele que habita um lugar especial nesse universo desconhecido, ficará muito mais. Podes crer!!!

Não fique a pensar que muita gente já está pegando pista rumo a Mossoró e que você não precisa ir. Pense isso não!! Muitos outros Igor, Lizandra e Andrieris estão também a necessitar desse seu ato nobre, cristão e anônimo. Dirija-se, de forma determinada ao Hemocentro,  localizado parede e meia com o Hospital Tarcisio Maia em Mossoró e... Doe.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sim... sempre sim!!

Hoje, sob o olhar surpreso de estudantes de um curso profissionalizante do SENAC/Assú, nove vereadores, dos dez que ’habitam’ o legislativo assuense aprovaram na integra e sem nenhuma discussão, quatro projetos de lei encaminhados pelo executivo.
A decepção dos estudantes deveu-se ao fato de terem se dirigido aquela Casa pensando que lá se discutia alguma coisa, ou talvez, na melhor das hipóteses, se explicavam a razão de se dizer sim tão facilmente.
Mas... pena que os jovens estudantes  descobriram tão cedo que nossos nobres, preocupados, fiscalizadores... edis só sabem dizer... SIM! E dizer de forma resoluta, o que é mais importante.
  • A propósito, dentre os projetos de leis hoje aprovados, dois versavam sobre a criação de cargos comissionados e de função gratificada no âmbito do executivo assuense. Pois ééé... 17 novos cargos comissionados hoje foram criados, bem como cinco funções gratificadas e outro cargo temporário.
  • O pior de tudo isso, é que não faz nem seis meses que a prefeitura do Assú criou uma nova estrutura funcional e ‘mermo’ assim, essa deve ser a quarta vez que se aprova, depois da reforma, a criação de novos cargos comissionados, temporário e funções gratificadas no âmbito do executivo assuense.
Cá prá nós, qual a razão ‘merma’ da criação ‘inesperada’ de tantos cargos comissionados? Será que faltou planejamento quando da realização da reforma administrativa realizada no Dia de Santos Reis ou... ééé... cinco meses é muito tempo. Afinal, o que custa ‘mermo’ ouvir nossos nobres e laboriosos edis dizendo... SIM?

Pressa e falta de planejamento

Não sei até quando as pessoas vão continuar a serem enganadas, mal tratadas e postas em segundo plano. Sim, falo de política! E a coisa fica pior quando se fala de política do Rio Grande do Norte, e mais triste ainda quando citamos cidades do interior.
Entre os fatos, quero destacar a inauguração da SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que no último dia 18 de junho, após “fazerem das tripas coração” foi inaugurada em Assú. O circo foi armado: governadora (que não está lá essas coisas, OLHA A GREVE), prefeito (com toda sua “simpatia” e sua vontade de “trabalho e trabalho”) e os vereadores (alguns se destacando pelo excelente trabalho de segurança do prefeito, o resto... bom é o resto). Por triste fatalidade DOIS DIAS depois do grande evento veio à primeira tragédia, logo em seguida, DEZ DIAS após a inauguração, a outra. E cadê a SAMU de Assú?
Colocar a carroça na frente dos bois não é a maneira mais inteligente de se governar, isso se existir essa vontade. Além da SAMU, o trânsito em Assú continua um caos. Alias, será um desafio se a unidade (se algum dia vir a funcionar) conseguir se deslocar pelas ruas da cidade. E tem mais, e os hospitais? Nunca, em gestão alguma prestou. Infelizmente o gestor, que já foi secretário da saúde não percebeu isso! Outra, e a central de atendimento que é em Mossoró...
Para não deixar nenhuma pergunta sem resposta, às unidades móveis da SAMU encontra-se estacionadas no centro clínico, esperando o que eu não sei. Em fim é complicado morar em uma cidade onde os políticos são descompromissados, despreparados, que se candidatam por status, sem saber nem o que é ser político e fazer política. Fica aqui registrado a fim de que alguém tome providências.

- Matéria encaminhada pelo leitor Alyson Ramos

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Curtissimas


Pesquisa esquisita
Como o São João em Assú não poderia se encerrar sem uma esquisitice a mais, eis que foi publicado o resultado de uma pesquisa realizada pela Start. Num é que o anuncio da pesquisa foi publicizado exatamente pela empresa encarregada do marketing do prefeito do Assú e tem números similares, principalmente na questão de aprovação da gestão municipal,  a pesquisa realizada há poucos meses por um instituto desconhecido, quase homônimo da empresa responsável pelo marketing de Ivan Lopes Júnior e... sediado em Assú. Curioso para conhecer os números? simples é só clicar aqui e vê-los na integra, no blog de Samuel Júnior. Cá prá nós, Será que essa pesquisa tem a finalidade de ‘diminuir’ a pesquisa da Teledata? Huumm... Cá prá nós, a contar pela ‘impacto’ causado por essa última pesquisa... Mário Rogério está, juntamente com a Teledata, muito bem na fita.


Boinho em foco
Ontem aconteceu no Beco do IPI o lançamento do Livro do poeta assuense, Boinho. Prestigiando Boinho estava o artista carnaubaense Zelito Coringa e Grimaldi, os quais, diga-se de passagem, deram um show de talento e humildade. O livro de Boinho conta com apoio da prefeitura do Assú. Além de Grimaldi e Zelito Coringa, quem também desfilou talento foi o pessoal do Barrinha. Quem também apareceu ontem no Beco do IPI foi Chico Dias, Lulu, Selma Batista e o prefeito Ivan Lopes Júnior. A festa contou com organização de Gilvan Lopes e cerimonial de Ivan Pinheiro.


São Pedro na Cohab
Os festejos juninos ainda não acabaram na cidade do Assú. Amanhã, sob o comando de Pedro Neto, acontecerá o São Pedro dos moradores das ruas Joaquim das Virgens e Carolina Wanderley, na Cohab. A idéia do pai de Pedro Lucas é amanhecer o dia dedicado a São Pedro a reverenciá-lo em grande estilo: forró e muita animação. A festa só promete acabar após o raiar do dia, quando será servido um café da manhã bem regional. Os custos e todas as cocitas mais terão seus custos rateados com os presentes, claro.

Transito X questionado
O que danado anda a acontecer com o transito da cidade de Roque? Nos últimos tempos andam a acontecer uma série de acidentes envolvendo automóveis e motocicletas dirigidas por pessoas que não tinham, em sua grande maioria, ingerido álcool. Será que o problema é só falta de sinalização, ou mesmo sinalização deficitária? Será que não estaria na hora de se realizar uma fiscalização mais efetiva nas auto escolas? Cá prá nós, já está passando da hora de se pesquisar as causas de tantos acidentes, afinal, estes acidentes tem um elevado custo para o SUS e principalmente, para as famílias que tem parentes envolvidos nos mesmos, sem contar que o Hospital Regional não tem condições efetivas de atendimento dessa demanda e os acidentados têm que se dirigirem a outras cidades, causando ainda mais, transtorno social e econômico para as famílias das vitimas.

Plano prevê?
Nessa onda de se asfaltar, calçar, abrir novas ruas, não estaria na hora de se observar o que danado, se é que tem algo falando a respeito, diz o Plano Diretor do Assú acerca de pra onde mesmo irão as águas que descerão dessas ruas? Como mesmo está se dando essas permissões para a criação de conjuntos ‘privados’? Será que existe uma comissão para averiguar os futuros impactos para a cidade? Né por nada, né por nada, mais ‘apreciar’ os efeitos de meia hora de chuva nas proximidades da Igreja Matriz de São João Batista é algo bem preocupante. O que se ver de lixo é algo impressionante e a velocidade das águas?  Preocupante, bem preocupante. Afinal, existe um bocado de gente a residir na parte baixa da cidade. Se nada for feito rápido, morar nessa área vai ficar bem mais difícil. Por enquanto o convívio com o mau cheiro vindo do córrego já adverte esses moradores que problemas maiores virão!

Assiduidade explicada
Após desfilar no São João do Assú, o vice prefeito Alberto Luís resolveu sair, de fato, do PT. Alberto Luís que não costuma ser visto com muito frequencia na cidade que é co-gestor, nessa São João não só circulou muito como,  seu nome era continuadamente mencionado pelos locutores oficiais da Festa. Pois ééé... Alberto Luís sai do PT e dapresidencia local do mesmo, como passa a 'faixa'para o vice presidente e secretário de qualquer coisa da PMA, Paulo Morais. Paulo que atua pifiamente na PMA terá agora a 'dificil' tarefa de reconstruir o PT local. Reconstruir mesmo!!

Quanto custa um homem?

Quem já não passou raiva por ser desrespeitado no trabalho, ficando com a sensação de que não lhe deram o devido valor? Agora, imagine se alguém realmente te avaliasse, feito compra de burro de carga, e colocasse um preço. Já falei do seu Antonio aqui, mas estou resgatando a história completa para que os leitores tenham uma idéia de até onde vai a ignorância – é longo, mas como é feriado prolongado para muita gente, há tempo para ler. A fala de Antônio, com a ajuda do documentarista Caio Cavechini, foi transcrita do jeito que foi dada – livre, sem as correntes da língua portuguesa.
Creio que o resgate é válido ainda mais em tempos de crescimento econômico, que faz surgir reivindicações de ambos os lados – melhores salários, condições de serviço mais dignas, participações nos lucros, mas também reclamações quanto ao custo trabalhista e a necessidade de flexibilizar a legislação. Isso ficou claro nesta semana quando o Supremo Tribunal Federal tratou do tema da proporcionalidade do aviso prévio com as previsíveis reações de entidades empresariais e sindicais.
A história de Antônio é limite, mas exemplifica bem a medida do desafio que temos para cortar as heranças escravagistas presentes em nossa sociedade, que não se resumem ao odioso trabalho escravo contemporâneo, mas perpassam as relações de compra e venda de força de trabalho. A Casa Grande e a Senzala, seja no campo ou na cidade, continuam vivas e a visão de inferioridade do trabalho imposta pela classe social dominante ainda guarda relação com a que havia por aqui há 150 anos. Da mesma forma, o posicionamento de parte dos trabalhadores, por vezes preferindo o conformismo ao embate, por desalento, cansaço ou falta de perspectivas, também não mudou como deveria. Foram-se os rótulos, ficaram as garrafas.
Anos atrás, Antônio, foi vendido como escravo no Maranhão e obrigado a trabalhar para Miguel de Souza Rezende, fazendeiro mais de uma vez flagrado pelo governo federal utilizando mão-de-obra escrava. Antônio, vítima de tráfico de seres humanos, foi comprado para limpar o pasto e derrubar floresta amazônica. Morador de Açailândia, na banda Oeste do Maranhão, terra de carvoarias e fazendas de gado, conseguiu o direito a uma indenização. Pouco mais de R$ 10 mil. O fazendeiro recorreu – básico, ao invés de pagar a merreca. Lembrando que, no Brasil, o acesso à Justiça é diretamente proporcional à capacidade de se pagar por ela.
Segue o relato:
“Rapaz… dessa fazenda, como eu fui parar lá… Que naquela época era mais difícil serviço aqui dentro. Hoje não, já tem muito. A todo canto a gente acha um servicinho pra fazer. Pra quem quer trabalhar, pra quem não quer, não acha não. É roubar… Então, eles vieram atrás de gente para levar lá pro Miguel Rezende. Então, ele chegou e o cara foi na rua e aí anunciou que queria 42 peão. Então esses 42 peão foi junto, tudo. Com dois dias eles deram conta de ajuntar esses 42 peão.
No dia que nós saímos para a casa do Miguel Rezende, em Imperatriz, nós cheguemos lá, nós fumos vendido! Oitenta reais pra cada cabeça, os 42. O vagabundo morava lá no Casqueiro, num sei se ainda mora, num cabaré ali. Então ele pegou esse dinheiro lá com patrão e passou nós já pra outro. Quando nós cheguemos em João Lisboa, nós fomos pedir que queríamos merendá ele disse: “que merendá, nada! Cês pegarem muito chiado, cês pega tapa logo”. Barroso… Aí nós fiquemos por ali. Aí nós fumo pegá a mercadoria para botar no tapa. Aí o cantineiro, rapaz, disse que nós num podia ficar sem comer não, “eles merendaram em açailândia”. Aí ele passou um bocado de pacote de bolacha pra nós. Quando nós chegamos lá na sede, foi dez horas da noite. E o que comemos mesmo foi só um banho e dormimos com essas bolachinhas. No outro dia, todo mundo se arregaçou de se caminhar três quilômetros de pé, atravessemos o rio, fumo pro outro lado. Quando chegou lá, todo mundo com fome-de-manhã-caiu-na-cacaia-pra-cortar-pau-de-motosserra-uns-carregando-outros-só-limpando-outros-derribando.
Aí nos fizemos o barraco. Quando deu seis horas, nós cabamos de fazer um barracos de 30 metros assim, de comprido. Com os caibros no chão, coberto com plástico de uma lona preta. Aí pegou uma empreita, pra nós era quatro. Desses 40, nós fiquemos em quatro. Aí nós peguemos dez alqueires em branco. Quando deu com 25 dias eu falei pro Barroso, Barroso eu quero um dinheiro para mandar pra a minha família em casa, porque lá não ficou nada, vocês não me deram nada. Então pra comer eu tenho que trabalhar e mandar dinheiro. Ele disse: “hum, rapariga de filha de uma égua nenhuma desses que têm aqui não vai nenhum dinheiro. Tirando antes de 90 dias não vai nenhum dinheiro pra essas raparigas de vocês na rua”. Aí parou, trabalhemos o resto do dia. Jantemos, quando foi o outro dia, tornemos a ir pro serviço, trabalhar. Quando completou 30 dias eu disse: meninos, quem quiser ir embora mais eu, nós vamos. Aí o cantineiro avisou nós: “rapaz não sai de nenhum de vocês, se saírem vocês morrem. Tem muito jagunço na fazenda”. Nessas alturas, tinha um rapaz que era veeado, de Chapadinha. Esse rapaz nós escutemos os tiros seis horas. E esse rapaz, até hoje, ele nunca voltou pro barraco.
Rapaz, eu não tenho medo de homem não! Eu posso morrer, mas eu vou me embora. Eu não vou ficar aqui trabalhando a vida todinha, escravizado, para não mandar nada pra minha família. Aí quando nós acabemos de arrumar ali, eles tinham ido prum jogo lá no Jabuti, que é um povoadozinho de sem-terra. Aí chegou a corriola todinha que estava pra lá bebendo cachaça. Chegou tudo. Chegou o cantineiro e passou logo pra eles: “olha tem quatro homem que vai sair”. Aí ele começou logo a bordar taca mais os jagunços dentro do barraco, batendo, jogaram o cavalo no Deodete, o cavalo pisou no aqui assim dele, arrancou as duas unhas dele, ficou só a carne. Aí começaram o quebra-quebra.
Aí nós saímos, eles ficaram em argumento com os outros e eu sai com mais três. O menino que ficou com as unhas arrancadas ficou lá, eu disse depois nós volta pra buscá ele. Deixa esfriar mais. Aí quando nós sai, quando nós andemos uns 200 metros, vieram aqueles cães grandes, dois cachorros grandes, do tamanho de um bezerro. Dois se jogou pra dentro do capim.
Eu sou aquele homem que embora eu quero ver meus pés dentro dum caixão, mas não corro com medo dum homem, eles chegaram e me cercaram. Barroso era o mais de frente, eu peguei e meti a faca na barriga dele. Eles disseram mata o homem. Eu disse não mata o homem, se ele me mata, ele me mata, aí ele me atira, no que ele me atirá, vocês atirá nele, ele me mata, porque tinha uma faca entrando na minha barriga. Aí fiquemos ali, mata num mata, mata num mata, mata num mata. Aí chegou o gerente e disse pra eles: “rapaz, vocês libera esse homem, libera esse velho, porque se vocês mata ele, tem 42 homem, esses homem entrega essa fazenda”. Aí liberaram nós.
Aí quando nós viajemos um pouco, de noite, pra todo canto tinha piquete, pra todo canto piquete para matar nós. Ainda voltei pra pega o homem doente, carreguemos ele nas costas um pouco, aí ele melhorou, rasguemos uma camisa, marremos no pé dele. Nós viajemos três quilômetros perdidos, voltemos viajemos outros três, e os meninos dentro de uma coxas velha de farinheira.
Um friiiiio! E foooome! E de lá nós tiremos pra sair no… no Córrego Novo. Três dias comendo mamão véio e verde, raizinha de macaxeira e baiguinho de feijão verde. E foi nesses três dias o que nós comemos.
Mais isso já tava com seis anos, já tava esquecido… Alembrar do passado é sofrer duas vezes… O cara massacrado, panhar, cheguei em casa todo inchado de boca de arma, todo massacrado, a comida ficou a quinze reais cada pratinho de refeição, as bolachas ficou a seis reais, cada um pacote – naquele tempo não tinha esse preço. O de comer e esse serviço que nós fazemos nós não recebemos um tostão inté hoje. Nós já fomos em audiência duas vezes em São Luís, três vezes em Imperatriz, três aqui em Açailândia. Quando eu caí doente, eu não pude ir pra Brasília, foram no meu lugar, duas vezes. Aí parou, pra mim já tava esquecido. Agora, lembrar disso magoou de novo. Pra mim foi mesmo que tenha sido agora como perguntando nós, falando aqui.
Rapaz, eu hoje adepois que me aposentei, eu não sai mais para trabalhar pra fora pra ninguém. Que sempre eu tenho uma famizinha de trabalhar. Porque na idade que eu tô…tá faltando três meses para 75 anos…eu trabalhando é saúde pro meu corpo. Porque se eu parar, pronto, a carne vai indo, engorda, amolece o bucho e não tem coragem nem de andar! Eu trabalho todo o dia como eu tô te falando tem dia que eu faço diária de 50, 60. Mas minha morada é seca, seca mesmo, eu não paro não. Essa mulher, tem de dois anos que estamos junto, essa mulher foi uma grande coisa que Deus me deu. Porque eu vivia com quatro vagabunda ali, cuidando da filha que destruíam tudo o que eu tinha. Hoje tá com dois anos que eu tô nessa casinha, mas eu num acabei de fazer ela, porque eu vivo empregando em lote: essa áréa pro lado é minha, lá na esquina é minha, esse lote que travessa pro lado é meu. Tô com 11 lotes, e eu não devo a ninguém desses lotes.
Pra adquirir terra só se vir uma reforma pra cortar terra. Mas invasão que nem eu vejo a polícia matando, batendo, não quero não. Eu fico mesmo aqui dentro da minha areazinha, roçando pra riba e pra baixo, mas não vou não. Mas se vier reforma eu ainda vou tentar. Cortada e entregada, que eu não tenho mais idade, a mulher ainda tem idade, mas eu não tenho não.
Eu desde da idade de 11 anos que meu pai me executava em mexer com lãzinha do Ceará lá pelos campos de Caxias. Desde os 11 anos que eu mexo com roça. Meu pai morreu, minha mãe morreu, tá tudo enterrado ali em Caxias. Nós somos 32 irmãos dentro de três famílias de meu pai. E eu não sei aonde tem nenhum, vivem largado no mundo. Minha mulher morreu, outra também morreu e tá enterrada no município de Caixas, a ex vagabunda eu larguei aqui. Hoje, eu vivo só mais essa aí e uma criancinha que eu tô criando. Dali eu tenho um filho, tenho dois netos, tenho uma filha que tá pra acolá.
A Federal tá baixando aí, tá dando regulagem na turma. Tem alojamento, tem tudo. E hoje só entra pra dentro de uma fazenda pra roçar juquira, carteira assinada… 90 dias… no contrato. Quando sai ainda paga os direitos dele. Mas aqui nego já sofreu demais, demais. Hoje, ta mió… Os fazendeiros fazem isso porque são poderoso. Eles são poderoso. Então não tem cuma, o cara tem que ir roçar juquira, fazer qualquer coisa pra dar de comida pra família. Aqui mesmo nessas pontas de ruas que eles chama de pólo moveleiro aqui tem gente, menino, que se ele ferve a água de manhã, de noite ele não tem para ferver a água para os filhos. Anda pedindo nas casas pra poder escapar, porque não tem um emprego”.

- Transcrito do Blog de Sakamoto

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fartura grande x alegria imensa

No último domingo aconteceu a 9ª Corrida de Jegue e o Jogo dos Assumidos na Rua do Córrego, em Assú, a qual faz parte da programação oficial dos festejos juninos promovidos pela PMA.
A falta de estrutura do evento só perdia para a animação dos resistentes participantes. Quem se dirigiu a Rua do Córrego no último domingo foi decidido a divertir-se, podes crer. Isso tanto é verdade, que mesmo sem música ao vivo (como estava previsto), sem troféus, sem medalhas... a festa só acabou lá pra tardinha.
Maass, antes da festa acabar, e bem depois que os jogos e a corrida acabaram, eis que chega a Rua do Córrego, Vossa Excelência o prefeito do Assú, acompanhado de Patrício Júnior e Samucka, proprietário da estrutura montada para a realização do São João.
Geennnte, diante da peculiar simpatia de Patrício Júnior, num é que ninguém acreditou que, de fato, ele possa a vim a se candidatar a vice prefeito. Segundo o pessoal, tamanha pretensão só deverá ser possível após um cursinho bem intensivo ministrado por especialistas na arte de incinerar tamanha peculiaridade.

Atendimentos e... epidemia?

Ainda falando em atendimento, eis que a PMA anda a vangloriar-se por ter realizado mais de cinco mil atendimentos no Pronto Atendimento recém inaugurado. Geeennnte, vamos concordar: a euforia da publicação desses números feita por Vossa Excelência e por Rosalba é pelo menos... constrangedor, preocupante, inquietante...
Como ‘mermo’ um gestor pode vangloriar-se de administrar uma cidade em que - mesmo sem que se tenha havido nenhuma notificação de epidemia, calamidade pública... - uma unidade de Pronto Atendimento atendeu, sozinha (nesses números não estão inclusos os atendimentos nas unidades ambulatorias e nem dos PSFs e muito menos do Hospital Regional), dez por cento da população da cidade? E olha que o mês de referencia foi... maio.
  • Cá prá nós, tem algo errado ou no mínimo esquisito acontecendo com a comunicação da PMA. Ou será que estamos mesmo a viver uma epidemia na cidade de Cecília de João Branco?
O pior é que não dar nem pra falar em demanda reprimida. Só ‘mermo’ parafraseando Manoel Botinha: Deus nos potreja!
Amém!!!!!

Sem antendimento II

E por falar em atendimento, eis que no inicio dessa semana, um obstetra da cidade do Assú secou a carga da caneta com escrevendo encaminhamentos de gestantes a serem cirurgia na vizinha cidade de Mossoró.
Segundo o obstetra, a razão para o gasto da tinta, deve-se ao fato de que o Hospital Regional da cidade do Assú não dispor de... Anestesista.
Peeennnse... todo o pré natal feito e... quem mesmo se importa com as parturientes?

Sem atendimento

Por razões que a razão até consegue entender,  Vossa Excelência o prefeito do Assú resolveu mover mundo e... para trazer a governadora para a cidade de Roque no último dia 18, no exato momento em que a família Soares de Macedo estava a reunir-se para inaugurar o busto em homenagem ao patriarca da família.

A governadora foi recebida no prédio do Hospital Regional por Vossa Excelência, novos vereadores, um monte de cargos comissionados e funcionários públicos em greve, que protestaram contra a ausência de democracia da gestão da Rosa.

Pois beemm, a Rosa veio a Assú para entregar duas ambulâncias do SAMU para atender a maior parte do Vale do Açu, embora boa parte dos presentes e dos que ouviram repetidamente a publicidade oficial da PMA acreditava que a Rosa estava mesmo a inaugurar o serviço de urgência que é pertinente a SAMU. Ledo engano, dois dias depois, quando da ocorrência de um acidente, descobriu-se que ainda necessitará a governadora vir de novo a cidade de Roque para inaugurar o serviço.

Aaff... enquanto isso, as unidades da SAMU entregues no último sábado passarão por ajustes, consertos... essas cocitas necessárias e que não deram tempo de ter sido feita antes. Beee... segundo o pessoal do Blog de Olho no Assú essas unidades se encontram bem estacionadinhas em uma... oficina? Saca só a foto feita pelo pessoal do Blog de Olho no Assú.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pesquisa: Assú

Se a eleição para escolha do próximo gestor da cidade do Assú fosse nos próximos dias, corremos o sério risco de ter mais votos nulos e brancos do que votos nos pretensos candidatos, isso segundo pesquisa realizada pela TELEDATA.

Cerca de quarenta e dois por centos dos cidadãos contatados pela TELEDATA não sabem em quem votar ou não querem simplesmente votar em ninguém. Será que estamos a ter uma crise existencial na cidade de Cecília de João Branco? Ou será que os nomes postos não estão a agradar o eleitorado da cidade de Salete de Olga?

Já na questão de rejeição a um nome proposto, o ex (por diversas vezes) prefeito Ronaldo Soares é o vencedor, sendo seguindo, com um distanciamento não muito longo, pelo atual (primeiro mandato) prefeito, Ivan Júnior. Ronaldo tem cerca de 24% de rejeição, enquanto Ivan Júnior tem cerca de 20% no mesmo item.

Por outro lado (positivo) o atual prefeito Ivan Júnior tem sua administração considerada como ótima e boa por cerca de quarenta por cento da população. Já os que consideram a administração regular e ruim, chega a quarenta e sete por cento e os que consideram a administração de Ivan Júnior péssima, é apenas um pouquinho superior a dez por cento.

De mais a mais, a grande surpresa apresentada pela pesquisa realizada pela TELEDATA foi a rejeição de Fátima Morais. Após perder duas eleições consecutivas, Fátima tem apenas cerca de dezessete por cento de rejeição.

Será que o eleitorado assuense anda a rever seus conceitos?

Confiram os números da pesquisa da TELEDATA
Como o Sr(a) avalia a administração do Prefeito IVAN JÚNIOR de um modo geral?
Ótima 10,38
Boa 29,72
Regular 38,21
Ruim 8,96
Péssima 10,38
Não sabe/Não respondeu 2,36

ESPONTÂNEA
Em quem o Sr(a) votaria para PREFEITO se a eleição fosse hoje?
Ivan Júnior 26,89
Ronaldo Soares 11,56
Fátima Moraes 3,07
Odelmo Rodrigues 0,94
Tião da Lanchonete 0,24
Wild Diniz 0,24
Indecisos 4,24
Brancos/Nulos 6,60
Não sabe/Não respondeu 46,23

ESTIMULADA
Em qual desses candidatos o Sr(a) votaria para PREFEITO se a eleição fosse hoje?
Ivan Júnior 36,32
Ronaldo Soares 24,06
Fátima Moraes 12,26
Odelmo Rodrigues 5,42
Wálace 1,89
Wild Diniz 2,36
Tião da Lanchonete 1,42
Indecisos 6,37
Brancos/Nulos 7,78
Não sabe/Não respondeu 2,12

REJEIÇÃO
Se a eleição fosse hoje?
Ivan Júnior 20,52
Ronaldo Soares 24,53
Fátima Moraes 17,45
Odelmo Rodrigues 4,25
Wálace 2,83
Wild Diniz 2,59
Tião da Lanchonete 4,72
Não sabe/Não respondeu 23,11

Obs.: a margem de erro da pesquisa é de 3%. Para mais ou para menos, claro.