Se o Brasil fosse um país sério, francamente, a população estaria agora mesmo nas ruas pedindo cadeia para o eleitor do Distrito Federal! Por mais que, em geral, o brasileiro não saiba votar, convenhamos: o cara que entregou as chaves do Palácio Buriti para Joaquim Roriz, José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, com todo respeito, esse não tem desculpa. Ninguém erra tanto assim por acaso, né não? Aí tem!
Como não cabe todo mundo na Papuda, que se instaure ao menos a CPI do Eleitor do DF, de preferência no Congresso para que o resto do país consiga entender melhor o que está por trás da indústria suprapartidária de escândalos fomentada pelas urnas da Grande Brasília. O voto é, evidentemente, cúmplice de todas as grandes lambanças da política no Cerrado.
Diferente do que virou triste rotina em vários palácios de governo da federação, o que acontece por lá dispensa as preliminares de suspeitas de malfeitos e gritos de “pega ladrão”. Rola direto um strip-tease ético trash: audiovisuais de mão-boba na bufunfa, língua nos dentes, boca na botija, dedo-duro, um passando a perna no outro, sotaque cafajeste, erros de concordância, pouca-vergonha.
Só pode ser coisa orquestrada pelo eleitorado do Distrito Federal. É seu voto que, em última instância, escolhe a dedo os protagonistas da política-pastelão que – entra governo, sai governo – segue se superando para não frustrar a expectativa das urnas.
Agnelo Queiroz chegou ao cúmulo de dia desses afastar, de um tapa só, a cúpula de sua Polícia Civil, acusada de deixar vazar conversa fiada do governador com o corrupto que o acusa de cúmplice na ladroagem.
Tomara que, se continuar nessa batida, tenha logo o mesmo destino glorioso de seus antecessores. Ele merece!
- Transcrito da Coluna de Tutty Vasques - O Estadão
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