Quarenta e um privados de liberdade da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, que estão sendo capacitados no curso de Produção e Instalação de Piso Intertravado, começaram a fase prática das atividades. A meta é produzir e instalar 35 mil blocos de concreto para a calçada e o estacionamento do estabelecimento prisional.
O curso é um preparativo para a fábrica que será instalada em Alcaçuz. O instrutor Barion de Oliveira explica que os internos, após as aulas teóricas, estão literalmente colocando a mão na massa para produzir o piso do tipo intertravado retangular. “Concluímos a teoria para as duas turmas e agora estamos na fase de produção de 700m² de blocos. A próxima etapa será a instalação desse material aqui mesmo no presídio”, disse.
Os internos utilizam maquinários e ferramentas na área destinada às oficinas produtivas do presídio. Todos foram selecionados a partir dos registros da Comissão Técnica de Classificação (CTC), sendo aptos ao estudo e ao trabalho, com histórico de excelente conduta carcerária.
A iniciativa faz parte do projeto envolvendo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e a ONG ReforAMAR, instituição responsável pelas aulas. Segundo o secretário da Administração Penitenciária, Helton Edi, o trabalho no sistema prisional contribui para reduzir a reincidência criminal, favorecendo o retorno do privado de liberdade ao convívio social.
O curso inclui aulas teóricas e práticas que contemplam desde noções básicas de edificação, passando pela seleção dos materiais até o processo de cura do concreto utilizado na produção dos blocos pré-moldados. As instruções são acompanhadas pelos policiais penais, responsáveis pela segurança da unidade. O diretor de Alcaçuz, João Paulo, explica que os internos recém capacitados deverão ser inseridos na implantação da fábrica de blocos que funcionará na penitenciária.
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