quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Saúde pública será discutida em Assú


Será realizada na manhã de amanhã, na Câmara Municipal do Assú, audiência pública para discutir a assistência a saúde no Vale do Açu. A audiência contará com a presença de políticos e gestores públicos da região, bem como do secretário estadual de Saúde, além de representantes da área de saúde das cidades de Angicos e Fernando Pedroza.

Também estar previsto a realização de um ato público, o qual deverá contar com a presença de profissionais da saúde e de populares, além dos gestores e políticos.

A audiência está marcada para começar as 9 horas e tem como pauta as precárias condições de funcionamento do Hospital Regional de Assú e de Angicos, a prestação de serviço de média e alta complexidade, o SAMU e outras cocitas que são de responsabilidade do governo estadual. As responsabilidades pertinentes aos municípios, cirurgicamente, foram retiradas da pauta. Tipo, ninguém adoece 'pouco'.

A proposito, a prefeitura do Assú anunciou há algumas semanas que o Pronto atendimento da cidade (que funciona cerca de 16 horas por dia) atendeu no último semestre mais de 81 mil pessoas, ou seja, mais de 450 pessoas por dia (incluindo sábados, domingos e feriados). Segundo esta estatística da prefeitura do Assú, desse contingente atendido pelo PA, cerca de 25 mil foram para lá apenas para se consultar, mas mesmo assim, foram ministrados quase 35 mil medicamentos a estes pacientes e, paradoxalmente, apenas foram realizadas 2.474 internações (de até 4 horas) e 102 eletrocardiogramas. Traduzindo, os males que acometem os assuenses não são provenientes do coração e nem são de alta complexidade! Beeemmm... o tipo de medicação que todo esse pessoal tomou, não foi anunciado.

Pergunta besta: Hospital de Pronto Atendimento tem função análoga a de Posto de Saúde?

A propósito de novo, a rede pública municipal de saúde do Assú conta com mais de uma dezena de postos de saúde; um centro clinico, ônibus e outros veículos que transportam cidadãos para realizarem consultas em outras cidades;  unidades do PSF, inúmeros médicos contratados, sem concurso público, os quais, não muito invariavelmente, tem dois vínculos contratuais com a PMA.

Entonce, será que a rede municipal de saúde não funciona a contento e a população está indo consultar-se no Pronto Atendimento ou a cidade do Assú é uma cidade de doentes? Na verdade, se estes números apresentados pela prefeitura são reais, a cidade do Assú está epidêmica!
 
A propósito novamente, nossos incansáveis, fiscalizadores... edis nunca tiveram a menor curiosidade de solicitar informações sobre os monstruosos contratos celebrados pela secretaria de saúde de Assú para aquisição de medicamentos e contratações de médicos. Curiosidade também que não é observada nos membros da pequenina oposição, nos movimentos sindicais (quase inexistentes) e nem nos membros do Ministério Público.

 

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