Não questiono algumas frases que escrevo,
se o faço assim sequer nem sei se devo,
explicar algo que eu mesmo desconheço.
Pra quem escrevo não sei, nem sei se escrevo,
se existe alguém não sei, o desconheço,
É tão somente a ideia que conheço
Mais do que isso explicar não devo.
Mudei a página, a rua o endereço,
Um poema inacabado e sem solfejo
não expressa sequer breve lampejo
Apenas reafirma desapreço.
Não busque métrica, rima, adereço,
Se na fartura encontrarás sobejo
e no esforço do último desejo
terás sempre um triste recomeço.
Loucos são os versos que escrevo
E se sentes não sei se tem sentido
Não importa quem leu o que tem lido,
Vedes de um jeito de outro jeito vejo.
Autor: Gilmar Rodrigues.
-Transcrito do Blog de Ivan Pinheiro
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