A operação Malassombro realizada inicialmente no último mês de julho continua a dar sinais lentos e pontuais de que continua existindo. Desta festa a operação que tinha por finalidade inicial apurar suspeitas da existência de crime de pistolagem na região do Vale do Açu, agora ganhou novos desdobramentos: a apuração de crime contra o patrimônio público, falsidade ideológica e outros crimes previstos no direito administrativo.
O interessante das ações realizadas pela operação malassombros é que elas são sempre ampliadas, fugindo do foco inicial, o qual até a presente data não conseguiu mostrar para a sociedade que obteve provas materiais quanto a participação de Odelmo de Moura Rodrigues, como responsável pela prática criminosa que motivou a ação: pistolagem.
Mas, agora surgem mais crimes e mais envolvidos, claro. Desta feita empresas que prestam ou que prestaram serviços a Câmara surgem como integrantes de um grande esquema de contratações ilegais no âmbito deste poder.
Mais de quinze mandatos de busca e apreensão foram expedidos pelo juizo criminal e cumpridos hoje na cidade do Assú. Os alvos destes mandatos, pessoas e empresas que prestaram serviços a Câmara Municipal do Assú. Alguns dos alvos dos mandatos são tidos como laranja do vereador Odelmo de Moura Rodrigues, custodiado em Natal e acusado de ser o mentor intelectual de uma quadrilha envolvidas na pratica de pistolagem.
Os mandatos expedidos, cumpridos aí surgem umas perguntinhas bestas: o que mesmo foi apurado até agora em relação aos crimes de pistolagem? Quanto mesmo foi desviado por este grande esquema montado para fraudar ou coisa assemelhada, licitações na Câmara? Se os acusados de participar deste esquema ainda não foram ouvidos, se documentos estão sendo apreendidos agora, como eles podem ser acusados de terem documentos falsos e de serem laranjas? ou seja, seguindo esta lógica, os cidadãos agora precisam provar que são inocentes. A polícia cabe apenas tão somente a obrigação de acusar.
A propósito: Parte das empresas e empresários que receberam e acataram os mandatos de prisão e apreensão emitidos pelo juízo criminal tem contratos celebrados com a prefeitura do Assú e outras prefeituras do Vale.
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