De forma gradual os pequenos criadores que possuem propriedades ao redor do açude público de Mendubim, em Assú, reservatório artificial administrado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, DNOCS, vêm se deparando com uma dificuldade a mais para garantir a sobrevivência dos animais. Por conta do crescente loteamento irregular nas áreas que circundam a coleção hídrica, estes criadores estão sendo impedidos de acessar a água. O fato foi denunciado segunda-feira última, durante participação no programa ‘Em Marcha Para o Campo’, exibido através da Rádio Princesa do Vale, pelo vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município e presidente da Associação Comunitária de Limoeiro, povoado localizado à margem do açude público, Francisco de Assis da Silva, ‘Diassis do Limoeiro’. Para ele, é urgente que o DNOCS se pronuncie sobre o problema. O representante sindical rural e líder comunitário descreveu na participação no programa que a cada dia aumenta o número de lotes cercados que aparecem nas terras próximas ao açude do Mendubim e isso tem criado um obstáculo aos criadores que, em alguns casos, já vêm sendo impedidos de cruzar estes lotes para dar água aos seus bichos. Para ele, isso só piora a situação que já é crítica para o homem do campo por conta desta que é a pior seca dos últimos 40 anos. ‘Diassis do Limoeiro’ explicou que, com a expansão de cercamento de áreas no entorno do reservatório, a cada dia se torna mais exíguo o espaço para os criadores levarem os animais para saciar a sede. O vice-presidente do sindicato contou que tal cenário acontece porque muitos dos que se consideram donos destas terras decidem cerca-las e proíbem que os animais passem por dentro do terreno do qual eles se consideram donos. Afirmou que tal procedimento só tem trazido mais transtornos para os pequenos criadores que já enfrentam muita dificuldade para alimentar os seus animais por conta da seca e, agora, correm o risco de não ter seque condição de permitir que os bichos bebam água. Ele considera que, legalmente, deveria ser respeitada uma faixa de terra entre a margem e o lençol d’água. Porém, revelou, alguns destes locatários informais não estão levando isso em consideração e, paulatinamente, diminui-se o espaço para os que precisam deslocar seus animais para beberem água. ‘Diassis do Limoeiro’ adiantou que, em determinados casos, as cercas estão praticamente dentro da bacia hidráulica do açude. Por conta de tal quadro, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e líder comunitário entende que é de extrema urgência que a autarquia regional tome alguma espécie de providência para que tal abuso seja coibido e os pequenos criadores de animais tenham assegurado o direito de conduzir seus animais até o leito d’água do reservatório. Por enquanto, o assunto não mereceu qualquer observação por parte da chefia da unidade de campo do DNOCS em Assú. No entanto, a reportagem da Rádio Princesa do Vale buscará um contato com os representantes do órgão autárquico acerca de tal questão. Ouvido pela reportagem da Rádio Princesa do Vale, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Assú destacou outro assunto: a Plenária Estadual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado, Fetarn, evento agendado para amanhã e quarta-feira, dias 15 e 16, na capital do Estado.
- Transcrito do site da Rádio Princesa do Vale
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