segunda-feira, 3 de junho de 2013

Exposição “O Melhor dos Mundos Possíveis”, na Funcarte

O que acontece quando as artes visuais dialogam com a literatura e o imaginário das lendas e contos? Esta é a premissa da exposição “O Melhor dos Mundos Possíveis!”, da gaúcha Nara Amelia, que entra em cartaz dia 6 de junho, na Galeria Newton Navarro, na Capitania das Artes.

A mostra apresenta um universo lúdico, cujas figuras híbridas põem a natureza como um meio propício para a reflexão crítica sobre a cultura e o homem, a partir de sua semelhança com os animais, que por sua vez, alegorizam os comportamentos e valores humanos. 

A abertura será realizada às 19h, com a participação da artista. Para esta exposição, a obra de Nara Amelia se faz presente através de uma pesquisa artística apoiada no arquétipo da memória universal, utilizada para transmitir conhecimentos e valores através das histórias. 

A artista utiliza técnicas como água-forte e ponta-seca, da gravura em metal, e desenhos dispostos em papéis envelhecidos apropriados de livros, que fazem a ponte entre a imagem, o texto e a temporalidade impregnada no compartilhamento das experiências humanas. 

“O meu trabalho dialoga com formas e estéticas que reúnem desde as mais antigas representações de animais, como alegorizações de concepções espirituais ou morais, passando pelos tradicionais bestiários, cuja caracterização propõe valores morais para o homem, conforme vemos nas fábulas protagonizadas por estas criaturas, que carregam consigo narrativas com finalidades moralizantes”, afirma a artista, que para esta mostra buscou referências em nomes como Albrecht Dürer, Gustave Doré, Gilvan Samico, Max Ernst, Kafka, Jorge Luis Borges, Júlio Cortazar, Gabriel Garcia Márquez e João Guimarães Rosa, entre outros.

O tema “O Melhor dos Mundos Possíveis!” é uma exposição que une a história da arte e a literatura, apoiada na valorização dos processos e formas artesanais e estéticas que remontam a um outro tempo, evocando imagens e narrativas antigas, transportando o visitante à época de um imaginário sensível e pré-industrial.
- Transcrito do site da PMN

Nenhum comentário:

Postar um comentário