Em busca de evidências sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, ocorrida em 1976, o presidente da Comissão da Verdade de São Paulo, vereador Geraldo Natalini (PV-SP), revelou nesta segunda-feira na capital mineira, durante audiência da Comissão de Direitos Humanos, na Assembleia Legislativa de Minas, que uma testemunha identificou furo de arma de fogo no crânio do motorista Geraldo Ribeiro.
A identidade dessa pessoa, no entanto, foi preservada sob a alegação que poderia atrapalhar a nova linha de investigação. Ribeiro dirigia o Opala do ex-presidente no km 165 da Rodovia Presidente Dutra, quando viajavam do Rio para São Paulo e sofreram um acidente de carro. Em 1996, o corpo do motorista foi exumado, e uma perícia constatou que o fragmento metálico encontrado no crânio do motorista era um prego do caixão.
Há dois meses, a Comissão Municipal da Verdade de São Paulo solicitou ao governo de Minas novas perícias técnicas nos restos mortais do motorista. A suspeita da comissão municipal é de que o fragmento metálico trata-se, na verdade, de um projétil de arma de fogo. Para esclarecer a dúvida, o ofício pede também uma nova análise do objeto. No entanto, é possível que a peça fundamental para esclarecer a morte de motorista de JK tenha sido jogada fora.
Ficou definido que o governo de Minas buscará a última perícia realizada nos restos mortais do motorista, enquanto a Comissão da Verdade de São Paulo irá providenciar a autorização judicial para a realização de uma nova exumação no corpo da vítima. As investigações ainda estão sendo conduzidas.
O parlamentar paulistano acompanhou o aposentado Josias Nunes de Oliveira, motorista da Viação Cometa à época do acidente, na audiência na Comissão de Direitos Humanos da ALMG, realizada na manhã dessa segunda-feira.
Hoje com 70 anos de idade, Oliveira vive em casa de repouso em Indaiatuba, no interior de São Paulo. No dia do acidente, o motorista foi a primeira testemunha a ver a batida que matou JK e seu motorista. Chegou a ser responsabilizado pelo acidente, mas depois foi inocentado. O carro do ex-presidente teria ultrapassado o ônibus pelo lado direito e, em seguida, batido numa carreta.
- Tentaram achar um bode expiatório, mas estamos procurando os verdadeiros provocadores do acidente. Ele é a prova vida que o acidente não foi provocado pelo ônibus da Cometa. Cada dia estou mais convicto que foi um acidente provocado. As informações que a gente tem que o motorista pode ter levado um tiro segundos antes do acidente. Há vários indícios de que havia um orifício de bala no crânio do Geraldo Ribeiro. A perícia de 1996 acusou buraco no osso como esfarelamento ósseo e fragmento encontro como fragmento de prego de caixão. Sou médico, nunca vi isso. Estamos atrás desse fragmento, queremos submetê-lo a nova perícia - afirmou Geraldo Natalini.
Em entrevista, o ex-motorista da Cometa afirmou que foi procurado cinco dias após o acidente por dois homens que lhe ofereceram uma mala de dinheiro. Em troca, ele teria que assumir a responsabilidade pela tragédia.
- Foram dois cabeludos em motos grandes. Me ofereceram o dinheiro para dizer que eu era culpado. Tinham uma mala cheia de dinheiro, não tenho a mínima ideia que eram. Me ameaçaram, falaram que se não pegasse o dinheiro ia render para o meu lado. Não aceitei -declarou, bastante emocionado. Em depoimento à comissão da ALMG, Oliveira repetiu a sua versão do acidente.
A identidade dessa pessoa, no entanto, foi preservada sob a alegação que poderia atrapalhar a nova linha de investigação. Ribeiro dirigia o Opala do ex-presidente no km 165 da Rodovia Presidente Dutra, quando viajavam do Rio para São Paulo e sofreram um acidente de carro. Em 1996, o corpo do motorista foi exumado, e uma perícia constatou que o fragmento metálico encontrado no crânio do motorista era um prego do caixão.
Há dois meses, a Comissão Municipal da Verdade de São Paulo solicitou ao governo de Minas novas perícias técnicas nos restos mortais do motorista. A suspeita da comissão municipal é de que o fragmento metálico trata-se, na verdade, de um projétil de arma de fogo. Para esclarecer a dúvida, o ofício pede também uma nova análise do objeto. No entanto, é possível que a peça fundamental para esclarecer a morte de motorista de JK tenha sido jogada fora.
Ficou definido que o governo de Minas buscará a última perícia realizada nos restos mortais do motorista, enquanto a Comissão da Verdade de São Paulo irá providenciar a autorização judicial para a realização de uma nova exumação no corpo da vítima. As investigações ainda estão sendo conduzidas.
O parlamentar paulistano acompanhou o aposentado Josias Nunes de Oliveira, motorista da Viação Cometa à época do acidente, na audiência na Comissão de Direitos Humanos da ALMG, realizada na manhã dessa segunda-feira.
Hoje com 70 anos de idade, Oliveira vive em casa de repouso em Indaiatuba, no interior de São Paulo. No dia do acidente, o motorista foi a primeira testemunha a ver a batida que matou JK e seu motorista. Chegou a ser responsabilizado pelo acidente, mas depois foi inocentado. O carro do ex-presidente teria ultrapassado o ônibus pelo lado direito e, em seguida, batido numa carreta.
- Tentaram achar um bode expiatório, mas estamos procurando os verdadeiros provocadores do acidente. Ele é a prova vida que o acidente não foi provocado pelo ônibus da Cometa. Cada dia estou mais convicto que foi um acidente provocado. As informações que a gente tem que o motorista pode ter levado um tiro segundos antes do acidente. Há vários indícios de que havia um orifício de bala no crânio do Geraldo Ribeiro. A perícia de 1996 acusou buraco no osso como esfarelamento ósseo e fragmento encontro como fragmento de prego de caixão. Sou médico, nunca vi isso. Estamos atrás desse fragmento, queremos submetê-lo a nova perícia - afirmou Geraldo Natalini.
Em entrevista, o ex-motorista da Cometa afirmou que foi procurado cinco dias após o acidente por dois homens que lhe ofereceram uma mala de dinheiro. Em troca, ele teria que assumir a responsabilidade pela tragédia.
- Foram dois cabeludos em motos grandes. Me ofereceram o dinheiro para dizer que eu era culpado. Tinham uma mala cheia de dinheiro, não tenho a mínima ideia que eram. Me ameaçaram, falaram que se não pegasse o dinheiro ia render para o meu lado. Não aceitei -declarou, bastante emocionado. Em depoimento à comissão da ALMG, Oliveira repetiu a sua versão do acidente.
- Transcrito do O Globo
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