Lindalva não amava Augusto, que amava Lindalva, que amava outro homem. Tomado pela loucura de um amor não correspondido, Augusto matou a amada, que morreu por amor a outro. Augusto foi parar no manicômio. Lindalva virou santa. Essa história começa em 1993 no tradicional bairro da Boa Viagem, cidade de Salvador (BA), quando um bárbaro assassinato comoveu a população baiana. Com 44 facadas, o carregador de caminhão Augusto da Silva Peixoto, então com 45 anos, pôs fim à vida da freira Lindalva Justo de Oliveira, 40, uma irmã da ordem Filhas da Caridade de São Vicente de Paula. E agora, passados 14 anos do crime, a história volta à tona. Na visita que o papa Bento XVI fará ao Brasil no próximo mês, os católicos preparam uma grande festa para o anúncio da beatificação de irmã Lindalva.
A indicação é a primeira etapa antes da canonização, a proclamação de um santo. Enquanto isso, Augusto vive seu inferno particular: depois de 12 anos e oito meses trancafiado num manicômio judiciário, ele está livre, mas completamente sem amigos ou família. Rejeitado, ele se diz arrependido e luta contra o preconceito. “Eu matei a santa, mas não sou um monstro”, confessa Augusto.
Sexta-feira da Paixão, 9 de abril de 1993. Sentado em um banco de concreto, aos pés da escadaria lateral que leva ao primeiro andar do Abrigo de Idosos Dom Pedro II, em Salvador (BA), Augusto estava tranqüilo. Como se nada tivesse acontecido, ele fumava um cigarro enquanto limpava na própria calça uma faca ensangüentada. Ao seu lado, um rastro vermelho de morte escorria pelos 27 degraus que separam a rua do primeiro andar do prédio onde funciona o refeitório do Lar São Francisco, sala onde dezenas de velhinhos faziam suas refeições. Os terríveis acontecimentos daquela manhã ainda estavam frescos na mente de Augusto. Pouco depois das 6h30, Lindalva, como de costume, chegava ao refeitório para servir o café da manhã para os internos. Augusto, um dos abrigados, estava no pátio quando a viu chegar pela entrada principal. Minutos depois, ele subiu os degraus da porta lateral do pavilhão armado com uma faca. Ensandecido, Augusto puxou a freira pelo braço e desferiu-lhe um violento golpe na jugular esquerda. O sangue esguichava por todos os lados enquanto Lindalva gritava, atônita e desesperada. Quando ela caiu, Augusto imobilizou-lhe a perna direita e cravou outras 43 facadas no corpo da mulher. Como num filme de terror. Augusto ainda gritou para os quatro internos que assistiam à cena aterrorizados:
TORMENTO Augusto Peixoto ficou preso 12 anos e foi escorraçado pela família
– “Saiam de perto, senão faço o mesmo com vocês! Estou picando a minha carne!”, disse. “Ela nunca cedeu! Está aqui a recompensa... Podem chamar a polícia. Eu não vou fugir, fiz o que deveria ser feito.”
Hoje, aos 59 anos, Augusto tem um olhar triste e perdido. Há um ano ele ganhou a liberdade do Hospital de Custódia e Tratamento, mas na época não saiu da prisão por um simples motivo: não tinha para onde ir. Sua família, extremamente católica, jamais o perdoou. Do lado de fora das muralhas, o assassino da irmã Lindalva só encontrou abrigo há oito meses, num centro de recuperação para dependentes químicos na cidade de Simão Filho, na periferia de Salvador. A caridade é obra de um pastor evangélico da Igreja Assembléia de Deus que descobriu Augusto no manicômio durante suas pregações aos detentos nos finais de semana. “Tenho certeza de que ele não é doido. Dava dó vê-lo ali. Não tive dúvida em ajudá-lo”, diz o pastor Álvaro Gonzaga. “Desde que chegou, ele nunca ficou nervoso”, completa.
Augusto divide com 29 jovens o acolhimento na comunidade. Em troca da moradia, ele faz a faxina do local. O trabalho é intercalado com orações, conversas e leituras. “Há cinco anos eu me converti”, conta Augusto. Quando ele fala do crime, se diz arrependido e admite que foi seu maior erro, mas que pagou um preço alto pela insanidade. “Fiz o que fiz por ciúme”, argumenta. “Ela era bonita, né?”, indaga, buscando cumplicidade. Em seguida, faz duas analogias para ressaltar seu sentimento de ter sido injustiçado: “Meu caso é igual ao do Lindomar Castilho”, diz, referindo-se ao cantor que matou a mulher, Eliane de Grammont, em 1981 e também foi condenado a 12 anos de prisão. “Já paguei pelo meu erro, mas a sociedade não me perdoa”, lamenta. “Se eu fosse igual ao jornalista lá de São Paulo que matou a namorada, eu entenderia a raiva das pessoas”, compara, referindo-se ao jornalista Pimenta Neves, réu confesso do assassinato de Sandra Gomide, condenado pelo crime, mas até hoje em liberdade.
Vocação tardia
Lindalva nasceu em Açu, no Rio Grande do Norte, em 1953. Ela era a sexta de uma prole de 14 rebentos. Filha de família pobre, a freira na infância era chamada de “pororoca”, apelido colocado pelo seu pai, pelos quilinhos a mais que a menina ostentava. A vocação religiosa de Lindalva despertou tarde. Assim que completou 18 anos, ela mudou-se para Natal a fim de completar seus estudos. Na capital potiguar, morou com o irmão, ganhando alguns trocados como babá. Fez muita coisa antes de finalmente envergar o hábito: auxiliar de escritório, balconista numa loja de confecções e caixa de um posto de gasolina. Aos 33 anos, Lindalva entrou para a Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula, uma ordem católica surgida na França no século XVII dedicada a combater a pobreza e a miséria. Concluiu seu noviciado oito anos depois.
ROMARIA André guarda consigo há 13 anos uma imagem da freira
O primeiro trabalho como freira foi justamente o Abrigo Dom Pedro II, da Prefeitura de Salvador. Ela era responsável pelo pavilhão masculino, uma enfermaria com 40 idosos. No ano de sua morte, o abrigo – que só aceitava maiores de 60 anos – recebeu um pedido de um político e acolheu entre os anciões um homem de 45 anos. Era justamente Augusto, seu futuro algoz. Logo de cara, segundo contam algumas das irmãs, ele começou a assediá-la. A freira teve medo e comentou com as outras irmãs as conversas de Augusto com ela. Ele não nega que tenha investido contra a freira, mas tinha certeza que ela o via com bons olhos. “Eu tenho certeza que ela me amava”, conta ele. “O problema é que ninguém acredita em mim depois da besteira que eu fiz. Vou morrer com a minha verdade.”
O “outro” era Jesus
Irmã Cristina, uma das colegas de Lindalva, sugeriu a ela que se afastasse dos velhinhos e trabalhasse em outra frente. “Prefiro que meu sangue seja derramado do que afastar-me daqui”, teria dito Lindalva. A cada dia que passava, Augusto derramava-se em declarações de amor à freira. Ela fazia ouvidos moucos, mas a pressão era intensa. “Esse homem sente paixão e é imprudente em suas palavras comigo”, confidenciou Lindalva à irmã Cristina. Segundo a enfermeira Lígia da Ressurreição, que trabalhava com a freira pouco antes do crime, Lindalva teria respondido a uma das provocações de Augusto. “Eu entreguei meu amor a outro homem”, teria dito ela ao pretendente. Ciumento, Augusto cismou que ela tinha realmente se apaixonado por um homem de carne e osso. Ledo engano. “Não sabia ele que o outro homem a quem ela se referia era Jesus”, diz Lígia. “Ele achou que a paixão de irmã Lindalva era um interno chamado Coração”, conta a enfermeira. Coração era um ancião que tinha esse apelido por ser cardíaco. “A freira tinha uma atenção muito especial por esse doente e isso despertou a ira de Augusto”, conta Cleber, outro enfermeiro da época de Lindalva. Foi a partir daí que Augusto começou a pensar no crime. “Foi tudo premeditado”, acusa Lígia.
Beatificação recorde
O processo de beatificação de irmã Lindalva foi um dos mais rápidos entre os beatos brasileiros. Ele foi iniciado em 17 de janeiro de 2000 e em 3 de março de 2001 – um ano e três meses depois – já estava sendo concluído. Como ela foi considerada mártir da Igreja Católica, a comprovação de milagres para se tornar beata não foi necessária. Para torná-la santa será preciso confirmar um milagre. Uma coincidência chamou a atenção dos religiosos que estudam a vida de irmã Lindalva. Os legistas que fizeram a autópsia no corpo da freira encontraram 44 perfurações em seu corpo, número que coincide com a soma dos 39 açoites e as cinco chagas do corpo de Cristo.
Antes mesmo da beatificação, começaram as romarias de fiéis ao casarão do século XIX que abriga os restos mortais de irmã Lindalva. Irmã Maria Elcina de Jesus é uma das responsáveis por abrir a capela para visitações e contar a vida da freira que pode virar santa. Ela revela que muitos devotos que visitam o prédio têm relatado graças alcançadas com a ajuda de irmã Lindalva. No livro de registros da capela constam 29 relatos, entre eles cura de tuberculose, emprego conquistado e coagulação de uma cicatriz que sangrava. “Ela foi muito boa, era muito dedicada à fé”, conta Irmã Elcina. “Ouvi até relatos de pessoas que estavam sendo assaltadas e foram socorridas pela graça de Lindalva”, diz.
O funcionário público André Taboada, 37 anos, estava eufórico diante do altar da capela. Ele carrega consigo uma imagem da freira impressa no jornal da época em que ela foi assassinada. Ele não sabe por que guardou aquela fotografia e muito menos consegue explicar como a cópia não se perdeu durante suas mudanças. “Vivia o inferno com minha ex-mulher. Perdi tudo na vida, menos este recorte de jornal”, diz André. “Tenho certeza de que é um recado”, confia.
A indicação é a primeira etapa antes da canonização, a proclamação de um santo. Enquanto isso, Augusto vive seu inferno particular: depois de 12 anos e oito meses trancafiado num manicômio judiciário, ele está livre, mas completamente sem amigos ou família. Rejeitado, ele se diz arrependido e luta contra o preconceito. “Eu matei a santa, mas não sou um monstro”, confessa Augusto.
Sexta-feira da Paixão, 9 de abril de 1993. Sentado em um banco de concreto, aos pés da escadaria lateral que leva ao primeiro andar do Abrigo de Idosos Dom Pedro II, em Salvador (BA), Augusto estava tranqüilo. Como se nada tivesse acontecido, ele fumava um cigarro enquanto limpava na própria calça uma faca ensangüentada. Ao seu lado, um rastro vermelho de morte escorria pelos 27 degraus que separam a rua do primeiro andar do prédio onde funciona o refeitório do Lar São Francisco, sala onde dezenas de velhinhos faziam suas refeições. Os terríveis acontecimentos daquela manhã ainda estavam frescos na mente de Augusto. Pouco depois das 6h30, Lindalva, como de costume, chegava ao refeitório para servir o café da manhã para os internos. Augusto, um dos abrigados, estava no pátio quando a viu chegar pela entrada principal. Minutos depois, ele subiu os degraus da porta lateral do pavilhão armado com uma faca. Ensandecido, Augusto puxou a freira pelo braço e desferiu-lhe um violento golpe na jugular esquerda. O sangue esguichava por todos os lados enquanto Lindalva gritava, atônita e desesperada. Quando ela caiu, Augusto imobilizou-lhe a perna direita e cravou outras 43 facadas no corpo da mulher. Como num filme de terror. Augusto ainda gritou para os quatro internos que assistiam à cena aterrorizados:
TORMENTO Augusto Peixoto ficou preso 12 anos e foi escorraçado pela família
– “Saiam de perto, senão faço o mesmo com vocês! Estou picando a minha carne!”, disse. “Ela nunca cedeu! Está aqui a recompensa... Podem chamar a polícia. Eu não vou fugir, fiz o que deveria ser feito.”
Hoje, aos 59 anos, Augusto tem um olhar triste e perdido. Há um ano ele ganhou a liberdade do Hospital de Custódia e Tratamento, mas na época não saiu da prisão por um simples motivo: não tinha para onde ir. Sua família, extremamente católica, jamais o perdoou. Do lado de fora das muralhas, o assassino da irmã Lindalva só encontrou abrigo há oito meses, num centro de recuperação para dependentes químicos na cidade de Simão Filho, na periferia de Salvador. A caridade é obra de um pastor evangélico da Igreja Assembléia de Deus que descobriu Augusto no manicômio durante suas pregações aos detentos nos finais de semana. “Tenho certeza de que ele não é doido. Dava dó vê-lo ali. Não tive dúvida em ajudá-lo”, diz o pastor Álvaro Gonzaga. “Desde que chegou, ele nunca ficou nervoso”, completa.
Augusto divide com 29 jovens o acolhimento na comunidade. Em troca da moradia, ele faz a faxina do local. O trabalho é intercalado com orações, conversas e leituras. “Há cinco anos eu me converti”, conta Augusto. Quando ele fala do crime, se diz arrependido e admite que foi seu maior erro, mas que pagou um preço alto pela insanidade. “Fiz o que fiz por ciúme”, argumenta. “Ela era bonita, né?”, indaga, buscando cumplicidade. Em seguida, faz duas analogias para ressaltar seu sentimento de ter sido injustiçado: “Meu caso é igual ao do Lindomar Castilho”, diz, referindo-se ao cantor que matou a mulher, Eliane de Grammont, em 1981 e também foi condenado a 12 anos de prisão. “Já paguei pelo meu erro, mas a sociedade não me perdoa”, lamenta. “Se eu fosse igual ao jornalista lá de São Paulo que matou a namorada, eu entenderia a raiva das pessoas”, compara, referindo-se ao jornalista Pimenta Neves, réu confesso do assassinato de Sandra Gomide, condenado pelo crime, mas até hoje em liberdade.
Vocação tardia
Lindalva nasceu em Açu, no Rio Grande do Norte, em 1953. Ela era a sexta de uma prole de 14 rebentos. Filha de família pobre, a freira na infância era chamada de “pororoca”, apelido colocado pelo seu pai, pelos quilinhos a mais que a menina ostentava. A vocação religiosa de Lindalva despertou tarde. Assim que completou 18 anos, ela mudou-se para Natal a fim de completar seus estudos. Na capital potiguar, morou com o irmão, ganhando alguns trocados como babá. Fez muita coisa antes de finalmente envergar o hábito: auxiliar de escritório, balconista numa loja de confecções e caixa de um posto de gasolina. Aos 33 anos, Lindalva entrou para a Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula, uma ordem católica surgida na França no século XVII dedicada a combater a pobreza e a miséria. Concluiu seu noviciado oito anos depois.
ROMARIA André guarda consigo há 13 anos uma imagem da freira
O primeiro trabalho como freira foi justamente o Abrigo Dom Pedro II, da Prefeitura de Salvador. Ela era responsável pelo pavilhão masculino, uma enfermaria com 40 idosos. No ano de sua morte, o abrigo – que só aceitava maiores de 60 anos – recebeu um pedido de um político e acolheu entre os anciões um homem de 45 anos. Era justamente Augusto, seu futuro algoz. Logo de cara, segundo contam algumas das irmãs, ele começou a assediá-la. A freira teve medo e comentou com as outras irmãs as conversas de Augusto com ela. Ele não nega que tenha investido contra a freira, mas tinha certeza que ela o via com bons olhos. “Eu tenho certeza que ela me amava”, conta ele. “O problema é que ninguém acredita em mim depois da besteira que eu fiz. Vou morrer com a minha verdade.”
O “outro” era Jesus
Irmã Cristina, uma das colegas de Lindalva, sugeriu a ela que se afastasse dos velhinhos e trabalhasse em outra frente. “Prefiro que meu sangue seja derramado do que afastar-me daqui”, teria dito Lindalva. A cada dia que passava, Augusto derramava-se em declarações de amor à freira. Ela fazia ouvidos moucos, mas a pressão era intensa. “Esse homem sente paixão e é imprudente em suas palavras comigo”, confidenciou Lindalva à irmã Cristina. Segundo a enfermeira Lígia da Ressurreição, que trabalhava com a freira pouco antes do crime, Lindalva teria respondido a uma das provocações de Augusto. “Eu entreguei meu amor a outro homem”, teria dito ela ao pretendente. Ciumento, Augusto cismou que ela tinha realmente se apaixonado por um homem de carne e osso. Ledo engano. “Não sabia ele que o outro homem a quem ela se referia era Jesus”, diz Lígia. “Ele achou que a paixão de irmã Lindalva era um interno chamado Coração”, conta a enfermeira. Coração era um ancião que tinha esse apelido por ser cardíaco. “A freira tinha uma atenção muito especial por esse doente e isso despertou a ira de Augusto”, conta Cleber, outro enfermeiro da época de Lindalva. Foi a partir daí que Augusto começou a pensar no crime. “Foi tudo premeditado”, acusa Lígia.
Beatificação recorde
O processo de beatificação de irmã Lindalva foi um dos mais rápidos entre os beatos brasileiros. Ele foi iniciado em 17 de janeiro de 2000 e em 3 de março de 2001 – um ano e três meses depois – já estava sendo concluído. Como ela foi considerada mártir da Igreja Católica, a comprovação de milagres para se tornar beata não foi necessária. Para torná-la santa será preciso confirmar um milagre. Uma coincidência chamou a atenção dos religiosos que estudam a vida de irmã Lindalva. Os legistas que fizeram a autópsia no corpo da freira encontraram 44 perfurações em seu corpo, número que coincide com a soma dos 39 açoites e as cinco chagas do corpo de Cristo.
Antes mesmo da beatificação, começaram as romarias de fiéis ao casarão do século XIX que abriga os restos mortais de irmã Lindalva. Irmã Maria Elcina de Jesus é uma das responsáveis por abrir a capela para visitações e contar a vida da freira que pode virar santa. Ela revela que muitos devotos que visitam o prédio têm relatado graças alcançadas com a ajuda de irmã Lindalva. No livro de registros da capela constam 29 relatos, entre eles cura de tuberculose, emprego conquistado e coagulação de uma cicatriz que sangrava. “Ela foi muito boa, era muito dedicada à fé”, conta Irmã Elcina. “Ouvi até relatos de pessoas que estavam sendo assaltadas e foram socorridas pela graça de Lindalva”, diz.
O funcionário público André Taboada, 37 anos, estava eufórico diante do altar da capela. Ele carrega consigo uma imagem da freira impressa no jornal da época em que ela foi assassinada. Ele não sabe por que guardou aquela fotografia e muito menos consegue explicar como a cópia não se perdeu durante suas mudanças. “Vivia o inferno com minha ex-mulher. Perdi tudo na vida, menos este recorte de jornal”, diz André. “Tenho certeza de que é um recado”, confia.
- Matéria transcrita e sem imagens, do site IstoÉ
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