Li a entrevista, rapidinha, rapidinha, que a prefeita Micarla de Sousa deu para a repórter Anna Ruth Dantas. Está na edição de ontem, uma sexta-feira calorenta, desta brava Tribuna do Norte. A entrevista, tipo ping-pong, é sobre um tema novo, apesar de estar nas páginas das folhas há uns seis meses. Ou seriam dois anos? Anna Ruth fez três perguntas. A primeira: “A senhora anunciará quando a reforma do secretariado?”
A resposta da alcaidessa é uma peça que deixa feliz qualquer admirador do neobarroco:
“Eu não estou com pressa. Não tenho açodamento para fazer o anúncio. Não é reforma porque reforma é só mudar o nome de pessoas. Isso eu chamo de reordenamento administrativo. É uma mudança de conhecimento de gestão.”
Uma das facetas que mais admiro na prefeita de Natal é a sua objetividade. Essa coisa, por exemplo de reordenamento administrativo é de uma clareza solar, até porque vai resultar numa mudança de conceito de gestão. Claro, Tim, Oi. Quer dizer: todos os canais, inclusive o do Baldo, estão desobstruídos para o novo reordenamento que vai levar a uma nova conceituação de gestão. Resumindo: transversalidade.
Na primeira resposta da prefeita, ela diz (parece que estou a ouví-la, com a foz flexionada de quem fala no rádio, diante do microfone – que às vezes pode ser genético – suave impostação feminina) que não tem pressa em anunciar a composição do secretariado municipal. “Não estou com pressa”, enfatizou”. E completou o raciocínio: “Não tenho açodamento”.
Açodamento quer dizer pressa, precipitação, apuro. É um substantivo, fui conferir no Houaiss: “ato ou efeito de açodar-se”. Já açodar é verbo (transitivo direto): “aumentar a rapidez, presteza, ritmo, velocidade”. Tem ainda o adjetivo “açodado”, que segundo o mestre Houaiss é aquilo “que se açodou, tornado rápido, ligeiro, acelerado, apurado”.
Não, não é o caso da alcaidessa. Ela não tem pressa, mais gosta de viajar. Mas sem pressa, sem açodamento. Não tem pressa de anunciar o “novo” secretariado, mas lá adiante, respondendo a uma segunda pergunta de Anna Ruth (“A senhora está com dificuldade para fechar os nomes?”), a prefeita responde que não está com dificuldade, e acrescenta que vai se utilizar de novos meios, “ferramentas novas que possam dar a nossa administração mais agilidade, eficiência e rapidez no trato com a coisa pública”.
Não tem pressa mais quer rapidez. A alcaidessa fez questão de afirmar que conta agora com o apoio do governo federal para o “planejamento do que vamos fazer nos próximos anos”. Bom, faltam apenas 22 meses para terminar o seu mandato. Mas isso é outra história. Ou seria estória?
Antes que eu me esqueça: Gostei muito do echarpe com o qual a alcaidessa envolveu o seu pescoço na audiência que teve com a presidenta Dilma Roussef. Elegante. Me lembrou a Evita Perón quando passou por Natal, com pressa. A alcaidessa ficou bem na foto. As duas ficaram. Sem açodamento.
A resposta da alcaidessa é uma peça que deixa feliz qualquer admirador do neobarroco:
“Eu não estou com pressa. Não tenho açodamento para fazer o anúncio. Não é reforma porque reforma é só mudar o nome de pessoas. Isso eu chamo de reordenamento administrativo. É uma mudança de conhecimento de gestão.”
Uma das facetas que mais admiro na prefeita de Natal é a sua objetividade. Essa coisa, por exemplo de reordenamento administrativo é de uma clareza solar, até porque vai resultar numa mudança de conceito de gestão. Claro, Tim, Oi. Quer dizer: todos os canais, inclusive o do Baldo, estão desobstruídos para o novo reordenamento que vai levar a uma nova conceituação de gestão. Resumindo: transversalidade.
Na primeira resposta da prefeita, ela diz (parece que estou a ouví-la, com a foz flexionada de quem fala no rádio, diante do microfone – que às vezes pode ser genético – suave impostação feminina) que não tem pressa em anunciar a composição do secretariado municipal. “Não estou com pressa”, enfatizou”. E completou o raciocínio: “Não tenho açodamento”.
Açodamento quer dizer pressa, precipitação, apuro. É um substantivo, fui conferir no Houaiss: “ato ou efeito de açodar-se”. Já açodar é verbo (transitivo direto): “aumentar a rapidez, presteza, ritmo, velocidade”. Tem ainda o adjetivo “açodado”, que segundo o mestre Houaiss é aquilo “que se açodou, tornado rápido, ligeiro, acelerado, apurado”.
Não, não é o caso da alcaidessa. Ela não tem pressa, mais gosta de viajar. Mas sem pressa, sem açodamento. Não tem pressa de anunciar o “novo” secretariado, mas lá adiante, respondendo a uma segunda pergunta de Anna Ruth (“A senhora está com dificuldade para fechar os nomes?”), a prefeita responde que não está com dificuldade, e acrescenta que vai se utilizar de novos meios, “ferramentas novas que possam dar a nossa administração mais agilidade, eficiência e rapidez no trato com a coisa pública”.
Não tem pressa mais quer rapidez. A alcaidessa fez questão de afirmar que conta agora com o apoio do governo federal para o “planejamento do que vamos fazer nos próximos anos”. Bom, faltam apenas 22 meses para terminar o seu mandato. Mas isso é outra história. Ou seria estória?
Antes que eu me esqueça: Gostei muito do echarpe com o qual a alcaidessa envolveu o seu pescoço na audiência que teve com a presidenta Dilma Roussef. Elegante. Me lembrou a Evita Perón quando passou por Natal, com pressa. A alcaidessa ficou bem na foto. As duas ficaram. Sem açodamento.
- Transcrito da Coluna de Woden Madruga - Jornal Tribuna do Norte - Ed. 26/02/2011
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