domingo, 18 de dezembro de 2022

Assú: cultura analógica

Outrora conhecida e respeitada em todo o RN como a Atenas norteriograndense, a cidade do Assú vem a anos a fio, trabalhando acintosamente pra mostrar que isso é coisa do passado, algo pra ser esquecido...

Bora concordar, eles conseguiram grandes avanços nesse intento.

Paradoxalmente, os envolvidos nesse árduo trabalho não economizam tempo nem o rico dinheirinho do contribuinte pra propolar que Assú tem o São João mais antigo do mundo.

Esquesito? Não, trabalho pensado, planejado...

Segundo a ótica dessa galera, São João são shows com grandes atrações nacionais e só.

A quem interessa essa visão festiva de cultura?

Bem, sabiamente se sabe, que o setor de eventos é por demais lucrativo. Maaasss, isso não é impeditivo pra não se investir em cultura de forma ampla, irrestrita... né mermo?

Bora concordar novamente, nossa ancestralidade, por mais que vivesse em um período analógico, sempre foi vanguarda, exemplo pra o Estado. Por que diabos, nesses tempos de 5G, nossos conterrâneos resolveram adquirir uma máquina do tempo e voltar a antes da chegada de Bernardo Vieira?

Ah, por esses dias a terrinha veio a tomar conhecimento, de forma efetiva, de que a terrinha tem um grupo de músicos que lutam pela sustentabilidade nossa orquestra filarmônica. O que precisa para tanto?

Bem, boa vontade, gestão pública e, principalmente, descobrir que estamos na era digital. Tipo... Evoluir.

Entonce... A PMA, apesar do elevado montante de recursos alocados para eventos, não destina nadica de nada para que a cidade do Assu possa fomentar a cultura local. Uma vergonha! 

Uffa, bora concordar novamente, apesar de existir formalmente, a orquestra não possui um maestro pra chamar de seu, e nem mesmo músicos. Como assim? Assim mesmo.

Numa ação coletiva, os voluntários da orquestra estão a pedir algo simples... simplissimo: a concessão de uma bolsa, afinal, como dizia nossos ancestrais, nem relógio trabalha de graça!

E pra concordar novamente, numa prefeitura que contrata semanalmente inúmeras bandas para shows os mais diversos, investir cerca de 300 mil mensais na formação de uma orquestra filarmônica é... Troco.

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