domingo, 20 de março de 2011

Dinheiro sobrando X mudança de foco

A ‘locadora de automóveis’, secretaria de educação do Assú, anda a diversificar sua área de atuação e como diversificar nem sempre é uma coisa fácil de ser feita, a locadora resolveu atuar numa área em que o governo federal atua, e atua, com força: o social. Pois bem, a locadora resolveu por esses dias contratar professores, de reforço, para atuar nos PETIs. O que tem de esquisito nessas contratações? Beeemmm, o PETI é um programa do governo federal com objetivo de auxiliar os municípios na difícil tarefa da tão falada e pouco planejada, inclusão social.  Detalhe, os recursos para funcionamento dos PETIs vêm integralmente do governo federal e a nova filosofia dos PETIs é não mais trabalhar com aulas de reforço, ou coisa que se assemelhe e sim, com oficinas, sem contar que os PETIs, em regra, ficam sob a responsabilidade das secretarias de assistência social.

Por outro lado, os contratos recentemente firmados e publicados pela locadora teriam um ar de coerência, legalidade (essas cocitas sempre esquecidas e postas de lado) se tivessem sido celebrados pela secretaria de assistência social. Por que? Não é que antes do carnaval, nossos atenciosos, fiscalizadores, entendidos... edis aprovaram uma lei criando a figura desses professores de reforço! - Será que nossos preocupados, meticulosos... edis sabem como funciona os PETIs? Saravá! – Sim, o problema é que os contratos foram celebrados exatamente pela locadora. Pode um negócio desses?

Será que o pessoal estranhou os valores dos contratos? No geral, os PETIs e ProJovem não pagam esses valores aprovados pelos nossos, conhecedores edis.  Maass, como tudo tem seu lado positivo, como é bom descobrir que a Prefeitura do Assú anda muito bem financeiramente, a ponto de auxiliar o governo federal. A continuar assim, em breve o governo federal receberá o comunicado de que o Assú não precisa de auxílios ou coisa do gênero advindo da esfera maior desse Brasil condescendente.

  • A propósito, enquanto isso, no mundo real da educação do Assú, tem professor que ‘leciona’ em turma com mais de 25 alunos, sem auxiliar e com aluno especial. Qual a razão do espanto dessa conhecida realidade? Simples, os alunos tem faixa etária de 3 anos de idade. Creche perde! E perde por que? Porque a escola não dispõe de berço, colchonete e nem... auxiliar. Pois éééé... e assim caminha a educação na cidade do Assú. Vamos concordar: o ponto forte da locadora nunca foi mesmo educaçao, então... o professor que se vire. E aquele negocio dispensável chamado aprendizado? que besteira, se o professor conseguir garantir que ao fim do expediente as crianças possam ser entregues a seus responsáveis, sãs e salvas, 'dever cumprido'!!!

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