domingo, 8 de setembro de 2013

Fanatismo - a manifestação de força dos fracos

Por Carlos Santos
 
O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos“.
(Friedrich Nietzche)
O fanatismo – principalmente religioso e político – só levou a humanidade ao atraso, ao obscurantismo, à segregação e a estupidezes. Fanatismo é uma fortaleza perene no Rio Grande do Norte e demais recantos desse vasto mundo terreno e da alma humana.

Num passeio pela história do homem até nosso tempo, é fácil identificar como o fanatismo freia a evolução da espécie: da ciência à organização social.


O fanático é um autista. Para ele, há um mundo próprio, com valores ortodoxos.

Seus dogmas, lógico, estão certos e são indiscutíveis. Sempre.

Nessa cegueira, o fanático estabelece o maniqueísmo como bússola, julgando tudo e a todos sob a bifurcação do bem e do mal. O bem, o seu lado. É o que ele defende, muitas vezes sem saber exatamente o que advoga como verdade.

O que seria de nós sem o Iluminismo, a democracia e o ponto de interrogação, em contraponto às trevas, o cesarismo e às maria-vai-com-as-outras?

Reflitamos quanto ao que nos aprisiona.

Na cela insalubre do fanatismo, ninguém pode se sentir ou se imaginar livre. É súdito da limitação.

Vejo duas modalidades de fanáticos: o que se tornou besta-fera por restrição cognitiva e o outro, que age assim para tirar proveito próprio, como um “fanático esclarecido”.

Nos dois casos, uma só vítima: o homem.

De ambos, a mesma conduta deletéria: um, tangido pela ignorância primária; outro, pela esperteza torpe.

Não… não insista. Não adianta discutir com ele.

O fanático é antes de tudo um idiota, o senhor da razão – pensa.

Mantenha-o ocupado; seja indiferente…

Intolerante, o fanático não debate, agride.

O fanático não conversa, ruge.

O fanático não se contrapõe a argumentos, ataca o argumentador.

Quem é o fanático?

É aquele indivíduo que ironizou Cristo na cruz, o SS nazista que cumpriu ordens do III Reich para queimar judeus ou aquele borra-botas que só vê virtudes em seu líder político.

Todos, cada um em seu contexto histórico e circunstância, age como fanático, incapaz de se portar com prudência e racionalidade.

Somos as suas vítimas até hoje.

Esse homem-bomba, como todo homem-bomba, é o primeiro a morrer em seus delírios.

Deixe-o ir só às profundezas de sua pobreza e insanidade.
Sejamos indiferentes…
 
- Transcrito do Blog de Carlos Santos

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