O debate da TV Record, ontem (19) à noite, foi marcado por um tom mais ameno entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).
Como deseja boa parte dos brasileiros, os finalistas da corrida presidencial evitaram as ofensas pessoais que marcaram os últimos confrontos, na Band e no SBT.
O apego à civilidade não foi escolha própria de nenhum deles - nem de Dilma, nem de Aécio.
As pesquisas diárias da campanha detectaram que a agressividade dos dois é rejeitada pelo eleitorado. O brasileiro anda mais preocupado com as propostas de Dilma, candidata à reeleição, e Aécio, que busca encarnar o projeto de mudança.
Mais propositivos, como exige o eleitorado, Dilma e Aécio debateram questões ligadas à segurança pública, às micros e pequenas empresas (o Simples), a gestão de bancos públicos, o controle da inflação, e a flexibilização das leis trabalhistas, temas recorrentes nos debates dos presidenciáveis na TV.
O caldo entornou quando o assunto foi o escândalo da Petrobras. Sem agressões pessoais, eles trocaram acusações. Aécio acusando a turma do PT de ser responsável pela corrupção na empresa. E Dilma acusando o ninho tucano de também receber propina do esquema.
Para o telespectador, ficou a impressão que era o sujo falando do mal lavado.
Essa história da Petrobras ainda vai longe. Ainda vai render muito assassinato de reputações.
Falta o debate da Globo, na sexta-feira (24). O público espera civilidade. Afinal, Aécio e Dilma são candidatos à presidência da república, e não a síndico do Minha Casa, Minha Vida ou a presidente de clube de futebol.
As ofensas devem se restringir ao mundo sem controle da internet, infelizmente, outro fato reprovável.
- Transcrito do Portal Nominuto/Coluna do Diógenes
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