sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Em discurso na Assembléia, Ezequiel se diz surpreso, traído e perplexo


“Um partido político é um grupo organizado de pessoas que formam uma legenda com base em formas voluntárias de participação, visando a conquista do poder político.” Foi assim que aprendi a ver e a participar de partidos políticos, ouvindo Maurice Duverger e Max Weber. Foi assim que entrei no Partido Trabalhista Brasileiro. Foi assim que fiz crescer a sigla no Rio Grande do Norte, com lealdade, honestidade e principalmente com democracia interna.

Fiz isto todos os dias, até o instante de agora em que me vi destituído da presidência do partido, pelo fato exclusivo de dar aos órgãos municipais a liberdade de escolherem o seu caminho. Foi Mossoró. Não me arrependo do que fiz; faria novamente.Não me envergonho do que pratiquei, faria novamente

Não rio nem choro, pois também aprendi que um partido político, o meu partido PTB pode sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos. Mas, não pode sobreviver à traição gerada dentro de si mesmo: palavras parodiadas do grande tribuno Cícero, quando enfrentou Catilina.

Recolho-me ao meu mandato de Deputado Estadual, para enfrentar quem não tem mandato há  10 anos. Recolho-me ao meu interior para saber o que fazer. Não sei ainda. Sei apenas que Benito Gama não conhece a força e a coragem dos que nascem no Rio Grande do Norte. No rio do índio Poti, no Grande dos mártires de Uruassu e no Norte de Alberto Maranhão: Rio Grande do Norte. Claro. Ele é estrangeiro, nasceu na Bahia, mas momentaneamente responde pela presidência do PTB nacional.

Perplexo.... Surpreso..... Traído......Mas tenho honra, força e coragem.

Deputado Ezequiel Ferreira de Souza

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