Natal vai ganhar um inventário do seu patrimônio arquitetônico com dados e informações sobre os bens de relevância cultural para a cidade. A informação é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), cuja equipe vem trabalhando no levantamento desde abril do ano passado. Foram inventariados imóveis do Centro Histórico e Ribeira e todo o material produzido até agora já está disponível para consulta da população no portal da Prefeitura, na página da Semurb.
Até o momento foram elaboradas 26 fichas de inventário e 188 pranchas com desenhos arquitetônicos e registros fotográficos ao longo do tempo. Após o levantamento preliminar a equipe iniciou a coleta de dados que subsidiou o preenchimento da ficha do prédio vistoriado a partir da ferramenta Street View. As informações são sobre o histórico da edificação, registro fotográfico, data de construção, nível e data de tombamento, entre outras necessárias para a caracterização do imóvel.
Os bairros da Ribeira e Cidade Alta foram escolhidos prioritariamente por possuírem a maior concentração de edificações de valor patrimonial de Natal, inclusive reconhecido a nível federal. Além de mais edificações em situações de risco que necessitam do registro com maior brevidade. O trabalho foi iniciado na Ribeira pelas ruas Chile, Dr. Barata, Frei Miguelinho e Largo do Teatro Alberto Maranhão. E em fase posterior deverá ser expandido para outras ruas.
O inventário é um dos primeiros trabalhos Setor de Projetos e Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Paisagístico (SPHAP) recém criado, no mês de julho passado, com a reorganização institucional da Semurb.
Os bairros da Ribeira, Cidade Alta e parte das Rocas já contam com a proteção da poligonal do IPHAN. Ou seja, a importância dessas áreas em relação ao patrimônio já foram reconhecidas. Já os demais bairros não contam com nenhum tipo de proteção às edificações de valor patrimonial. E tratam-se de áreas em que vem sendo observadas, há bastante tempo, em questões de perda de exemplares, em especial da arquitetura modernista, nos bairros de Tirol e Petrópolis.
A respeito dos bairros categorizados como prioritários trata-se da proposta apresentada pelos Grupos de Trabalhos (GTs) do tema de patrimônio, que foram discutidos ainda durante os envios das propostas do PDN.
A população também pode contribuir com informações para a produção do Inventário do Patrimônio Arquitetônico Natalense com fotos, plantas, levantamento arquitetônico entre outros. É possível enviar informações relativas não somente a imóveis tombados, como também de edificações que possuem alguma relevância patrimonial para Natal e que não se encontram salvaguardadas por nenhum instrumento de proteção.
Para isto, basta acessar o link https://bit.ly/colaboreIPAT e preencher o formulário on-line e enviar as informações de que dispõe. Sugestões de materiais úteis ao inventário e que poderão ser enviadas são: registros fotográficos em datas diversas, plantas baixas das edificações (atuais ou antigas), recortes de notícias em jornais, publicações, desenhos arquitetônicos em geral, registros de modificações ao longo do tempo, entre outros.
O processo do inventário é constante porque é uma catalogação que precisa de atualização. Quando uma edificação sofre qualquer tipo de modificação, seja uma reforma, demolição parcial, ruína, entre outros as fichas precisam ser atualizadas.
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