Santa Luzia, hoje Carnaubais, era até o dia 17 de setembro de 1963, distrito da cidade do Assú. Dia 18 de setembro desse mesmo ano, Carnaubais ganha sua ‘alforria’ através da Lei nº 2.927. A proposta de emancipação política de Carnaubais foi feita na Assembléia Legislativa do RN pelo deputado varzeano, Olavo Montenegro.
Nesses quarenta e sete anos de libertação, Carnaubais descobriu que a independência tem um preço, e este invariavelmente é alto. Mas em contrapartida, qualquer preço é passível de ser pago quando se tem um objetivo.
Talvez por isso, Carnaubais na década de setenta do século passado não se rendeu ao primeiro teste que a natureza lhe fez passar. Muito pelo contrário. A enchente que destruiu toda a cidade serviu para que os carnaubaenses percebessem a necessidade de se unirem. Em pouco tempo uma nova cidade foi construída bem no alto, inacessível as águas de uma nova enchente, mas próxima o suficiente para que a antiga cidade, com todo o seu bucolismo e beleza provinciana, não fosse esquecida.
Hoje Carnaubais busca seguir seu caminho de consolidação de sua emancipação, lembrando continuadamente a seus munícipes, através da preservação da Carnaubais que as águas de 1974 não conseguiu destruir, e principalmente, lembrando-os a razão dessa não destruição: Os carnaubaenses são seres fortes e apaixonados por seu torrão.
Embora o Vale do Açu conviva pacificamente com um choque de idades das cidades que a compõem, Carnaubais apresenta um diferencial em relação as demais cidades do Vale: o protestantismo nessa cidade é forte e ascendente.
Este ano a festa de emancipação prevê lançamento de livros, campeonatos de futebol, shows... O encerramento da festa se dará no próximo sábado com um show evangélico.
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