É bem factível que a morte de Osama bin Laden estanque a repercussão da passagem do prefeito Gilberto Kassab por estas aldeias de Poti mais frívolas e volúveis. Derna de quinta-feira não se falava de outra coisa nas folhas locais e principalmente nos adubados blogues desta terra de Cascudo. Por falar no mestre, o edil paulista - fundador do novo partido que encantou vários dos nossos políticos profissionais - tem uma cabeça acentuada e testa alta, bem alta, apropriada para cascudos. Kassab veio a Natal formalizar a fundação do novo partido por ele inventado, recrutando pra começo de conversa o vice-governador Robinson Faria, que detém no currículo larga experiência vivida em outras legendas. Pelo menos cinco. Além do antigo condottiere do PMN, deputados de várias outras legendas, inclusive do PMDB que já foi - faz tempo - de Ulisses Guimarães, anunciam suas filiações ao partido paulista.
Mas aí, no rastro dos comentários políticos do final de semana registrados em almoços e jantares em restaurante da moda, onde se reúne, como de hábito, a citada elite política potiguar (daí talvez que metade do espaço nobilíssimo da crônica social seja hoje ocupada pelo noticiário político), veio, no meio da madrugada desta segunda-feira, a notícia de Washington: Osama bin Laden está morto. Logo em seguida, o discurso do presidente Barack Obama no cenário holliudiano do sóbrio corredor da Casa Branca:
“Esta noite posso informar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama bin Laden, o líder do Al-Qaeda e um terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças.”
Mais adiante e, no mesmo tom de voz, solene:
“Em noites como esta, podemos dizer às famílias que perderam seus entes queridos para o terror da Al-Qaeda: - A justiça foi feita.”
De repente, nos comentários na televisão, no rádio e nas edições onlaine dos principais jornais do mundo, surgem as primeiras interpretações que decorrem do fato ocorrido na cidade paquistanesa de Abbottabad ao lado das imagens que mostram a euforia nas ruas das cidades norte-americanas. Em alguns desses comentários, carrega-se no molho da pimenta política. Quer dizer: a morte do terrorista maior vai ajudar na popularidade do presidente Obama, já nas antevésperas da campanha da reeleição.
Leio Gilberto Dimenstein, na Folha de S. Paulo. O seu comentário é intitulado “Morte de Bin Laden deixa Obama mais vivo”. Destaco dois trechos:
- Há consenso entre os analistas dos Estados Unidos de que a morte de Osama Bin Laden deixou Barack Obama politicamente mais vivo – e já com um pé na reeleição.
- Para completar, o fim de Bin Laden era uma promessa de campanha de Obama que, nos últimos tempos estava um tanto esquecida de seus discursos.
Aqui, nesta terra de Poti que já foi base norte-americana (tem muita gente que se orgulha disso), também falou-se em reeleição. Foi o vice-governador Robinson Faria, estreando um novo partido – o PSD de Kassab - em seu vasto currículo (já pertenceu a cinco partidos). O doutor Robinson, sem que ninguém tivesse provocado o tema, saiu na defesa da reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, do DEM (o partido castigado pelo PSD). Domingo que passou, primeiro de maio, completou-se apenas quatro meses da posse da governadora. Dela, Rosalba, e do seu vice, Robinson Faria, que, é por sinal, um especialista em reeleição. Com ajuda de uma lei encomendada, conseguiu passar oito anos, sempre se reelegendo, na presidência da Assembleia Legislativa.
Bin Laden não sabia
Mas aí, no rastro dos comentários políticos do final de semana registrados em almoços e jantares em restaurante da moda, onde se reúne, como de hábito, a citada elite política potiguar (daí talvez que metade do espaço nobilíssimo da crônica social seja hoje ocupada pelo noticiário político), veio, no meio da madrugada desta segunda-feira, a notícia de Washington: Osama bin Laden está morto. Logo em seguida, o discurso do presidente Barack Obama no cenário holliudiano do sóbrio corredor da Casa Branca:
“Esta noite posso informar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama bin Laden, o líder do Al-Qaeda e um terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças.”
Mais adiante e, no mesmo tom de voz, solene:
“Em noites como esta, podemos dizer às famílias que perderam seus entes queridos para o terror da Al-Qaeda: - A justiça foi feita.”
De repente, nos comentários na televisão, no rádio e nas edições onlaine dos principais jornais do mundo, surgem as primeiras interpretações que decorrem do fato ocorrido na cidade paquistanesa de Abbottabad ao lado das imagens que mostram a euforia nas ruas das cidades norte-americanas. Em alguns desses comentários, carrega-se no molho da pimenta política. Quer dizer: a morte do terrorista maior vai ajudar na popularidade do presidente Obama, já nas antevésperas da campanha da reeleição.
Leio Gilberto Dimenstein, na Folha de S. Paulo. O seu comentário é intitulado “Morte de Bin Laden deixa Obama mais vivo”. Destaco dois trechos:
- Há consenso entre os analistas dos Estados Unidos de que a morte de Osama Bin Laden deixou Barack Obama politicamente mais vivo – e já com um pé na reeleição.
- Para completar, o fim de Bin Laden era uma promessa de campanha de Obama que, nos últimos tempos estava um tanto esquecida de seus discursos.
Aqui, nesta terra de Poti que já foi base norte-americana (tem muita gente que se orgulha disso), também falou-se em reeleição. Foi o vice-governador Robinson Faria, estreando um novo partido – o PSD de Kassab - em seu vasto currículo (já pertenceu a cinco partidos). O doutor Robinson, sem que ninguém tivesse provocado o tema, saiu na defesa da reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, do DEM (o partido castigado pelo PSD). Domingo que passou, primeiro de maio, completou-se apenas quatro meses da posse da governadora. Dela, Rosalba, e do seu vice, Robinson Faria, que, é por sinal, um especialista em reeleição. Com ajuda de uma lei encomendada, conseguiu passar oito anos, sempre se reelegendo, na presidência da Assembleia Legislativa.
Bin Laden não sabia
Transcrito do Jornal Tribuna do Norte - Coluna de Woden Madruga
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