O vice-líder do governo no Congresso, o deputado federal Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP), entrou com um pedido de impeachment contra o vice-presidente Hamilton Mourão. O pastor acusa o general da reserva de “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e de “conspirar” para conseguir o cargo de Jair Bolsonaro.
Um dos argumentos sustentados no pedido é uma “curtida” (like) da conta de Mourão no Twitter em uma publicação da jornalista Rachel Sheherazade, do SBT. “A denúncia por crime de responsabilidade contra Mourão se deu por comportamento indecoroso em várias ocasiões. Exemplo: na medida em que ele curtiu tweet de Rachel Sheherazade, detonando com o presidente Jair Bolsonaro, o louvando como melhor opção para governar o país.”
Feliciano, depois de passar os dois primeiros meses do governo afastado do governo – ele acusa o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) de dificultar o seu acesso ao presidente –, virou um dos mais verborrágicos e contundente defensor de Bolsonaro no parlamento e nas redes sociais.
Em entrevista ao ‘Estado’, Feliciano afirma que todos os atos que ele faz tem o “conhecimento do presidente”, inclusive este pedido. “Falei com ele antes, durante e depois. Não há nada que eu faça aqui que o presidente não saiba”.
O pedido protocolado na terça-feira, 16, marca a conversão do pastor ao olavismo – termo utilizado para identificar os seguidores do professor Olavo de Carvalho. Na semana passada, o pastor esteve nos Estados unidos e se reuniu com o filósofo ligado à direita. Olavo tem usado suas redes sociais para atacar militares e, em especial, Mourão, o qual o acusa de ser uma “paixão mórbida” pela “mídia comunista”.
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