O Banco do Nordeste anunciou hoje a possibilidade de prorrogação de empréstimos e financiamentos por até seis meses, contratados com empreendimentos impactados pela crise econômica gerada pela pandemia do novo Coronavírus. A medida emergencial tem como foco principal as micro e pequenas empresas. Será possível também prorrogar dívidas de outros portes de empreendimentos, atestada a necessidade financeira da empresa em função da situação econômica mundial, a exemplo do que vem se verificando com o setor de turismo.
Para as empresas que necessitam de novos recursos, o BNB oferece crédito para capital de giro, com recursos internos, com até seis meses de carência para o início do pagamento das novas operações. Para o crédito pessoal, a carência será de 60 dias.
Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o capital de giro pode ser financiado com três meses de carência e amortizações proporcionais ao fluxo de faturamento da empresa, ou seja, respeitando a sazonalidade das receitas do mutuário. As novas medidas são válidas até setembro de 2020.
No intuito de simplificar o acesso ao crédito, especialmente para clientes não rurais, o Banco também está elevando de R$ 50 mil para R$ 100 mil o valor das contratações sem a obrigatoriedade de vinculação de garantias reais, podendo ser somente garantias fidejussórias. Paralelamente, reduziu o pacote de tarifas para as operações de crédito, com a aplicação de tetos diferenciados de acordo com o porte dos clientes, de modo a adequar e compatibilizar os valores ao faturamento, em especial dos micro e pequenos empreendedores.
Para os microempreendedores urbanos, o BNB adota novas medidas em relação aos processos de contratação e ao volume de recursos a ser liberado. O prazo médio das operações será ampliado, passando de cinco para sete meses, e antecipadas as renovações das operações a vencer entre abril e junho de 2020. Com isso, o Banco incrementa em 57% o volume de recursos disponibilizado para o segmento em relação ao mesmo período do ano passado, devendo ser contratados até setembro, cerca de R$ 8 bilhões.
Para o setor rural - agronegócio e agricultura familiar - será conferida priorização no atendimento às operações de crédito de custeio, considerando o calendário agrícola da região, e disponibilizados R$ 4,4 bilhões entre abril e setembro de 2020, o que representa incremento de mais de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.
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