quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ivan, dependente de Henrique


O prefeito Ivan Lopes Júnior tem sido vítima da língua ferina de algumas lideranças estaduais. Tudo por causa de seu comportamento completamente submisso às ordens do deputado federal Henrique Alves. Ivan Júnior estaria comprometendo o seu futuro político ao ser manietado pelo líder do PMDB.

As conversas políticas sobre o assunto especulam os reais motivos que levam Ivan a se comportar como uma marionete. Questiona-se qual seria a causa de tamanho poder de Henrique sobre o prefeito de Assú, chegando ao ponto de desmoralizá-lo.

Independente de tais especulações, a inabilidade do prefeito tem gerado uma série de ruídos em sua própria base. Certo de que pode vencer sozinho as eleições, o atual gestor não prestigia seus aliados. Rompimentos com a base governista estariam sendo meticulosamente articulados. Além disso, não podemos descartar o chamado “voto camarão”, que deverá ser praticado desenfreadamente.

Por algum motivo inexplicável, Ivan Lopes Júnior parece desconhecer que as alianças estaduais são mais importantes que as municipais. O prefeito atual demonstra desconhecimento sobre a forma como a política é conduzida no Rio Grande do Norte, pois crê piamente que o PMDB e o PR entrarão em rota de colisão por causa de seus frios olhos azuis. Qualquer observador da política estadual compreende que as eleições de Natal e Mossoró estão acima dos demais pleitos no tabuleiro de 2014.

Para finalizar, causa estranheza a ingenuidade de Ivan em colocar todos os ovos em um único cesto. O pré-candidato à reeleição depende completamente do impopular e paralisado governo Rosalba. A governadora atual, aliás, corre imenso risco de perder duas grandes batalhas: enquanto Carlos Eduardo caminha para se eleger prefeito na capital, Larissa possui o apoio do PT nacional e de Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, seu partido. Mesmo que Carlos não seja candidato, o grupo oposicionista tem uma carta na manga: a ex governadora Wilma, que será candidata se Carlos Eduardo for impedido.

Em relação ao futuro do governo Rosalba, além do incerto resultado das urnas, Carlos Augusto terá de esperar pela definição do futuro do PSD, de Robinson Faria. Existe a possibilidade de uma fusão, a nível nacional, entre o PSD e o PSB, ou entre o PSD e o PDT. 2014 pode ser o ano da eleição de Robinson governador e de Wilma senadora, na hipótese de ambos contarem com Natal e Mossoró.

Como vemos, os líderes estaduais estarão ocupadíssimos em 2012. Não deverão amparar o pré-candidato Ivan que, pela primeira vez, carregará sozinho o fardo de uma eleição e o seu peso sentirá.

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