O prefeito Ivan
Lopes Júnior tem sido vítima da língua ferina de algumas lideranças estaduais.
Tudo por causa de seu comportamento completamente submisso às ordens do
deputado federal Henrique Alves. Ivan Júnior estaria comprometendo o seu futuro
político ao ser manietado pelo líder do PMDB.
As conversas
políticas sobre o assunto especulam os reais motivos que levam Ivan a se
comportar como uma marionete. Questiona-se qual seria a causa de tamanho poder
de Henrique sobre o prefeito de Assú, chegando ao ponto de desmoralizá-lo.
Independente de
tais especulações, a inabilidade do prefeito tem gerado uma série de ruídos em
sua própria base. Certo de que pode vencer sozinho as eleições, o atual gestor
não prestigia seus aliados. Rompimentos com a base governista estariam sendo
meticulosamente articulados. Além disso, não podemos descartar o chamado “voto
camarão”, que deverá ser praticado desenfreadamente.
Por algum motivo
inexplicável, Ivan Lopes Júnior parece desconhecer que as alianças estaduais
são mais importantes que as municipais. O prefeito atual demonstra
desconhecimento sobre a forma como a política é conduzida no Rio Grande do
Norte, pois crê piamente que o PMDB e o PR entrarão em rota de colisão por
causa de seus frios olhos azuis. Qualquer observador da política estadual
compreende que as eleições de Natal e Mossoró estão acima dos demais pleitos no
tabuleiro de 2014.
Para finalizar,
causa estranheza a ingenuidade de Ivan em colocar todos os ovos em um único
cesto. O pré-candidato à reeleição depende completamente do impopular e
paralisado governo Rosalba. A governadora atual, aliás, corre imenso risco de
perder duas grandes batalhas: enquanto Carlos Eduardo caminha para se eleger
prefeito na capital, Larissa possui o apoio do PT nacional e de Eduardo Campos,
presidente nacional do PSB, seu partido. Mesmo que Carlos não seja candidato, o
grupo oposicionista tem uma carta na manga: a ex governadora Wilma, que será
candidata se Carlos Eduardo for impedido.
Em relação ao
futuro do governo Rosalba, além do incerto resultado das urnas, Carlos Augusto
terá de esperar pela definição do futuro do PSD, de Robinson Faria. Existe a
possibilidade de uma fusão, a nível nacional, entre o PSD e o PSB, ou entre o
PSD e o PDT. 2014 pode ser o ano da eleição de Robinson governador e de Wilma
senadora, na hipótese de ambos contarem com Natal e Mossoró.
Como vemos, os
líderes estaduais estarão ocupadíssimos em 2012. Não deverão amparar o pré-candidato
Ivan que, pela primeira vez, carregará sozinho o fardo de uma eleição e o seu
peso sentirá.
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