domingo, 14 de junho de 2015

Carnaubais: o poder em jogo

Após a justiça brasileira enxergar excessos e ilegalidades/improbidades no processo eleitoral de 2012 cometidos pelo vencedor do pleito, Luiz Cavalcante, eis que nova eleição acontecerá no próximo dia 05 e terá como candidatos à chefia do executivo carnaubaense, os senhores Júnior Benevides e Dinarte Diniz (situação e oposição, respectivamente).
 
A campanha, começou animada e pelo andar da carruagem, animosidades estão prestes a acontecer. Acusações reciprocas; culpas, do outro. Mas quem será o outro? Isso não importa. É como se o outro fosse indeterminado e a presunção da inocência, não, inocência mesmo, fosse um bem particular, pertencente a apenas uma das vias.
 
Mas se ambas as vias estão utilizando-se da mesma práxis, onde está localizado este poço que verte tanta inocência?
 
Bem, a antiga Santa Luzia está novamente vendo seu povo digladiar-se em nome do poder, que só será compartilhado por poucos.

Há não tanto tempo atrás, a antiga Santa Luzia presenciou xingamentos, despautérios, acusações... mutuas, sendo ditas por alguns de seus filhos, que com todas as forças e formas, disputavam a titularidade do poder politico e econômico (sua consequência inevitável). Hoje, o medo que este poder possa cair na mão de alguém que não seja eles mesmos, os fizeram dar-se as mãos e, juntos, derrotar aquele que eles chamam de forasteiro.
 
Como diz aquele ditado, o poder é capaz de coisas, que até Deus duvida.
 
Lembrando: o processo democrático é algo que deve existir, não só no discurso, mas principalmente em ações reais. Buscar "enquadrar" os eleitores que não seguem esta ou aquela opção, definitivamente, não é atitude de seres que acreditam que vivemos em um Estado Democrático de Direito.
 
No atual estagio em que se encontra a politica e as instituições no Brasil, e mais particularmente em Carnaubais, falar de paz publica é uma balela, e das grandes. Mas também levantar barricadas para proteger poucos (políticos) e deixar muitos (população) na linha de fogo para sofrer as consequências da beligerância, é de uma insanidade e falta de respeito, no mínimo, reprovável.

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