sábado, 31 de outubro de 2015

Assú: Repetindo ato de 2012, Ivan Júnior decide demitir, para testar fidelidade

Ressuscitando o Termo de Alerta de Responsabilidade Fiscal nº 163/2014, expedido pelo TCE/RN, em função dos gastos com pessoal ter atingido o limite estabelecido pelo artigo 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, o prefeito do Assú, Ivan Lopes Júnior resolveu exonerar todos os cargos comissionados do município. O ato, momentaneamente isonômico, é mais um dos tantos atos assinados e autorizados pelo prefeito, sem que para tanto realize qualquer estudo ou levantamento técnico que o justifique.
 
Como fica a maquina administrativa sem a presença de 300 agentes públicos a partir de terça feira (03)?
Como fica a economia da cidade, uma vez que mais de meio milhão de reais não serão injetados na economia da cidade, no período natalino e nos dias seguintes?
Como fica a vida das pessoas que, de uma hora pra outra perdeu seu emprego e sua fonte de renda? e suas famílias?
Como fica...?
Havia necessidade mesmo desta exoneração no atacado? Não, não havia.
 
A recomendação do TCE/RN é de 2014. Em março de 2015 o prefeito do Assú encaminhou a Câmara PL criando mais de 40 cargos comissionados no âmbito da PMA e o fez, alegando que a prefeitura tinha recursos para 'bancar' tal medida. De lá para cá, nenhuma medida foi tomada por Vossa Excelência o prefeito do Assú, senhor Ivan Lopes Júnior, no sentido de diminuir os gastos com folha de pagamento. 
 
Pois ééé...
 
Em nenhum momento foi cogitado a redução do salario do prefeito, vice e primeiro escalão.
 
Em nenhum momento foi cogitado a extinção das secretarias adjuntas, muitas delas ocupadas por esposas e parentes de vereadores que em sua maioria, não sabe nem qual a função do cargo ou local de trabalho.
 
Em nenhum momento se cogitou em exonerar aqueles diretores e assistentes executivos, que não sabem nem qual o local de sua lotação.
 
Em nenhum momento cogitou-se rever contratos celebrados.
 
Em nenhum momento se...
 
Ah, a crise!
 
Ufffa, a razão das exonerações, definitivamente, não são econômicas. São politicas mesmo.
 
Lembrando: em 30 de novembro de 2012, Vossa Excelência assinou decreto similar. Dias depois, após conversas de pé de ouvido, começou a nomear alguns cargos e criar tantos outros. Em outubro de 2015, a cena se repente.
 
Será que Vossa Excelência não confia mais nos seus auxiliares? A repetição do decreto é uma resposta clara para esta pergunta.
 
A propósito, alguns cargos exonerados ontem, efetivamente não o foram. A partir de terça feira (03) alguns serão nomeados para acumular funções. Vossa Excelência quer entrar 2016 cercado de pessoas confiáveis e que lhe conte historinhas alegres. Quanto a cidade e aos que ocupavam os cargos com presteza e eficiência, isso não importa para Vossa Excelência. Ele simplesmente não tem interesse de tirar o joio do trigo. Será que é porque dar trabalho ou por que ele prefere amêndoas a ingerir pães?

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