A edição deste domingo do projeto Som da Mata, no Parque das Dunas, em Natal, acabou em caso da polícia. O show da banda pernambucana Kalouv foi interrompido por um grupamento da Polícia Militar Ambiental. A alegação foi de que o som produzido estava acima dos limites estabelecidos para o local. O produtor do evento, músicos e um fotógrafo foram detidos por desacato.
Os detidos foram encaminhados para esclarecimentos na Delegacia de Plantão da Zona Sul, no bairro de Candelária.
Um dos presentes na apresentação, Victor Romero fez um desabafo na rede social Facebook. Ele criticou a postura autoritária da Polícia Militar."De forma bastante desrespeitosa tanto para o público como para a banda (que veio de Recife apenas para tocar nesse evento), a Polícia interrompeu a apresentação para obrigar a banda Kalouv a baixar ainda mais o volume; tiveram que deixá-lo tão baixo que os músicos mal conseguiam se escutar no palco (e o público menos ainda)", escreveu ele.
O selo musical no qual faz parte a Kalouv, a Sinewave label, também emitiu nota de repúdio sobre o ocorrido. "Nós da Sinewave, selo que lançou todo o catálogo da Kalouv, REPUDIAMOS esse ato da Polícia Ambiental de Natal. Nada - repetimos, nada - justifica esse tipo de atrocidade em nome de uma lei simbólica que, segundo relatos, em diversos anos de evento no mesmo local, nunca foi aplicada", traz a nota.
Leia a nota do selo Sinewave:
A banda Kalouv, de Recife (PE), recebeu voz de prisão durante um show nesse domingo no evento Som da Mata, em Natal (RN). Segundo a Polícia Ambiental, a acusação era de volume acima do permitido. Foram levados à delegacia os cinco integrantes da banda, um dos produtores do evento, e um fotógrafo. Um amigo da banda que emprestou a bateria para o show foi indiciado por "crime indireto". Nós da Sinewave, selo que lançou todo o catálogo da Kalouv, REPUDIAMOS esse ato da Polícia Ambiental de Natal. Nada - repetimos, nada - justifica esse tipo de atrocidade em nome de uma lei simbólica que, segundo relatos, em diversos anos de evento no mesmo local, nunca foi aplicada. Estão tentando calar a arte à força. Estando longe, só nos resta espalhar a notícia e mandar toda a força possível para a banda, o produtor e o fotógrafo. Sabemos que eles vão sair dessa, com força pra tocar ainda mais alto. A arte, mesmo a instrumental, vai saber gritar de volta.
Veja o relato de Victor Romero:
“Todo repúdio à atuação altamente questionável da Polícia Militar Ambiental hoje, no evento Kalouv no Som da Mata, realizado no Parque das Dunas aqui em Natal. De forma bastante desrespeitosa tanto para o público como para a banda (que veio de Recife apenas para tocar nesse evento), a Polícia interrompeu a apresentação para obrigar a banda Kalouv a baixar ainda mais o volume; tiveram que deixá-lo tão baixo que os músicos mal conseguiam se escutar no palco (e o público menos ainda).
Impossibilitados de continuar o show, os músicos pediram para que o público cantasse e aplaudisse um pequeno trecho de uma música junto para dar encerramento precoce à apresentação. Porém, num show de autoritarismo e silenciamento da arte totalmente incompatível com uma democracia que respeita a liberdade artística, os policiais deram voz de prisão para a banda e para um dos produtores do evento. Já fui em várias outras edições do Som da Mata antes e nunca ocorreu qualquer intervenção relacionada ao volume, mesmo com bandas que tocaram muito mais alto que a Kalouv e nenhum agente sequer estava lá. Por que causar todo esse constrangimento logo quando é um artista de fora da cidade que vem se apresentar aqui?
Esse tipo de criminalização da arte é coisa que devia ter ficado como página virada nos livros de história. Mas não, é real, aconteceu hoje, quase agora. Deram voz de prisão só por que pediram pro público puxar um coro e bater palmas”.
Os detidos foram encaminhados para esclarecimentos na Delegacia de Plantão da Zona Sul, no bairro de Candelária.
Um dos presentes na apresentação, Victor Romero fez um desabafo na rede social Facebook. Ele criticou a postura autoritária da Polícia Militar."De forma bastante desrespeitosa tanto para o público como para a banda (que veio de Recife apenas para tocar nesse evento), a Polícia interrompeu a apresentação para obrigar a banda Kalouv a baixar ainda mais o volume; tiveram que deixá-lo tão baixo que os músicos mal conseguiam se escutar no palco (e o público menos ainda)", escreveu ele.
O selo musical no qual faz parte a Kalouv, a Sinewave label, também emitiu nota de repúdio sobre o ocorrido. "Nós da Sinewave, selo que lançou todo o catálogo da Kalouv, REPUDIAMOS esse ato da Polícia Ambiental de Natal. Nada - repetimos, nada - justifica esse tipo de atrocidade em nome de uma lei simbólica que, segundo relatos, em diversos anos de evento no mesmo local, nunca foi aplicada", traz a nota.
Leia a nota do selo Sinewave:
A banda Kalouv, de Recife (PE), recebeu voz de prisão durante um show nesse domingo no evento Som da Mata, em Natal (RN). Segundo a Polícia Ambiental, a acusação era de volume acima do permitido. Foram levados à delegacia os cinco integrantes da banda, um dos produtores do evento, e um fotógrafo. Um amigo da banda que emprestou a bateria para o show foi indiciado por "crime indireto". Nós da Sinewave, selo que lançou todo o catálogo da Kalouv, REPUDIAMOS esse ato da Polícia Ambiental de Natal. Nada - repetimos, nada - justifica esse tipo de atrocidade em nome de uma lei simbólica que, segundo relatos, em diversos anos de evento no mesmo local, nunca foi aplicada. Estão tentando calar a arte à força. Estando longe, só nos resta espalhar a notícia e mandar toda a força possível para a banda, o produtor e o fotógrafo. Sabemos que eles vão sair dessa, com força pra tocar ainda mais alto. A arte, mesmo a instrumental, vai saber gritar de volta.
Veja o relato de Victor Romero:
“Todo repúdio à atuação altamente questionável da Polícia Militar Ambiental hoje, no evento Kalouv no Som da Mata, realizado no Parque das Dunas aqui em Natal. De forma bastante desrespeitosa tanto para o público como para a banda (que veio de Recife apenas para tocar nesse evento), a Polícia interrompeu a apresentação para obrigar a banda Kalouv a baixar ainda mais o volume; tiveram que deixá-lo tão baixo que os músicos mal conseguiam se escutar no palco (e o público menos ainda).
Impossibilitados de continuar o show, os músicos pediram para que o público cantasse e aplaudisse um pequeno trecho de uma música junto para dar encerramento precoce à apresentação. Porém, num show de autoritarismo e silenciamento da arte totalmente incompatível com uma democracia que respeita a liberdade artística, os policiais deram voz de prisão para a banda e para um dos produtores do evento. Já fui em várias outras edições do Som da Mata antes e nunca ocorreu qualquer intervenção relacionada ao volume, mesmo com bandas que tocaram muito mais alto que a Kalouv e nenhum agente sequer estava lá. Por que causar todo esse constrangimento logo quando é um artista de fora da cidade que vem se apresentar aqui?
Esse tipo de criminalização da arte é coisa que devia ter ficado como página virada nos livros de história. Mas não, é real, aconteceu hoje, quase agora. Deram voz de prisão só por que pediram pro público puxar um coro e bater palmas”.
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