O Estado brasileiro resolveu entrar ‘com força’ na cidade do Rio de Janeiro e para tanto, além de expulsar os bandidos que governavam arbitrariamente e tranquilamente o Complexo de favelas do Morro do Alemão, agora resolveu que estava na hora de tirar um pouco de proveito daquela massa populacional que só ouvia falar que o Estado tinha obrigação de ofertar-lhes direitos básicos em época de eleição - Aliás, no resto do país a coisa também não é lá muito diferente.
A diferença entre o Rio e o restante do país, é que as autoridades de uma hora pra outra descobriram o potencial econômico existente no Morro do Alemão e essa descoberta se deu numa rapidez impressionante: as forças de ocupação ainda não declararam a total pacificação do Morro e eis que o poder público municipal, pela primeira vez, adentra as ruas e vielas do Morro para cadastrar os pequenos comerciantes.
- Traduzindo, o poder público cobra a fatura dos serviços antes de prestá-los. Se a experiência for satisfatória, em breve teremos a presença do Estado em outras áreas desse nosso Brasil afoito e quiçá serão diminuidas as gritas em relação a queda no valor de repasse do FPM.
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