Com a divulgação de depoimentos da operação “lava jato”, liberados nesta quinta-feira (12/2) pelo juiz federal Sergio Moro, a maior surpresa que surge na leitura de 28 documentos da delação premiada de Alberto Youssef é a citação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Segundo o doleiro, ele sabia que o PT recebia dinheiro de empreiteiras que conseguiam contratos com a Petrobras.
Dificilmente, porém, o doleiro consegue precisar um dia das ocorrências que dedura. Também é citado um deputado federal do PP chamado “Luis Fernando”, sem sobrenome, e um cônsul da Grécia, não identificado.
As falas foram registradas em 2014 e divulgadas somente agora. Segundo o juiz Sergio Moro, "o acesso só não foi viabilizado antes porque os depoimentos não estavam com este juízo". O conteúdo dos depoimentos chegaram em 21 de janeiro, diz ele, mas "foi necessário examiná-los um a um — e são dezenas — para verificar se a divulgação não prejudicaria investigações em andamento".
Em nota, o ex-ministro José Dirceu declarou repudiar “com veemência” as declarações e nega ter recebido recursos ilícitos. “O próprio conteúdo da delação premiada confirma que Youssef não apresenta qualquer prova nem sabe explicar qual seria a suposta participação de Dirceu. O ex-ministro também esclarece que, depois que deixou a chefia da Casa Civil, em 2005, sempre viajou em aviões de carreira ou por empresas de táxi aéreo”, diz o texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário